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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Consultório de Rua aproxima desvalidos do serviço de saúde

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Aos 29 anos, o jovem de iniciais J.F.S se recupera de uma queimadura no pé, resultado de uma agressão. Ele não sabe o por quê de lhe terem jogado produto químico. A região já está praticamente cicatrizada. Semanalmente ele é procurado pela equipe do Programa Consultório de Rua no Centro de Abastecimento. É lá que o rapaz – que diz ter família, mas que não convive – passa boa parte do seu tempo.
 
A abordagem no local é sempre as quartas-feiras. Rara são as vezes que os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde não o encontram sob o efeito do álcool. O contato mantido com muita conversa ganhou a confiança de J.F. “Como tem passado?”, pergunta o médico Ritze Viegas.
 
O jovem se dirige até a equipe – além do médico, tem enfermeiro, psicólogo, assistente social e técnico de enfermagem – e aponta para o pé sinalizando a boa recuperação. “Olha aqui. Está quase bom”. Mesmo o ferimento apresentando evolução satisfatória, o técnico faz o curativo. Enquanto isso, ele pronuncia algumas palavras que não são entendidas às poucas perguntas que lhe foram feitas.
 
A assistente social Monalisa Melo, que acompanha a ação, afirma que J.F. já foi aconselhado a ir para um centro de recuperação na tentativa de vencer as drogas. Mas essa ideia não foi levada adiante. “Ele criou resistência”, diz.
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No Centro Pop Rua, localizado no entreposto comercial, onde conseguiu o Cartão do SUS, toma banho e se alimenta. “Já perdi o documento, mas vão me dar outro”, comenta. Ao ser questionado se é bem acolhido pelo Consultório de Rua, o rapaz de imediato diz que “sim”. Ao finalizar o curativo, ainda recebe alguns preservativos.
 
Atenção integral
 
O Consultório de Rua é uma iniciativa que visa ampliar o acesso da população em situação de vulnerabilidade social à saúde e oferta, de maneira mais oportuna, atenção integral por meio das equipes e serviços da Atenção Básica.
 
De acordo com a enfermeira referência da Secretaria Municipal de Saúde, Iani Araújo, quando há necessidade conforme o quadro clínico, o morador de rua é encaminhado pela equipe a uma policlínica. Em outras situações são questionados sobre a possibilidade de ir para um centro de recuperação.
 
“Se no momento da avaliação o profissional observar alguma alteração, que necessita de exames ou tratamento, o paciente é levado para uma unidade de saúde ou para alguma unidade especializada”, explica.    
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Os prepostos da Secretaria de Saúde atuam em parceria dos profissionais do Serviço de Abordagem Social e do Centro POP, ambos da Secretaria de Desenvolvimento Social, e de prepostos da Secretaria de Prevenção à Violência e Promoção aos Direitos Humanos.
 
O programa tem a sua base no primeiro andar onde funciona o Centro de Hepatites Virais, instalado à rua Barão do Rio Branco, 1.054, centro. A comunidade também pode acionar o serviço ligando para o número (75) 3624-4199.

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