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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Em sua oitava edição, Colóquio do GELC acontece pela primeira vez no Mercado de Arte Popular

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“Como diz uma pessoa muito importante, a energia é circular, assim como o mundo. Quando lançamos desejos, projetos e ideias – é certo que de mais lançamos -, elas perfazem um círculo retornando para nós". Foi nesse clima poético-literário, regado às inspirações do professor e organizador do evento, Adeítalo Pinho, que teve início no MAP, o 8º Colóquio do Gelc – Espaços Biográficos e Escritas Literárias, na manhã desta quarta-feira, 07. 
 
O evento conta com apoio da Prefeitura Municipal de Feira de Santana através da Secretaria Municipal de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico e segue até a quinta-feira, 08. "De tanto falarmos em cultura popular, em expressões da vida, feições sociais e étnicas de ocorrência cotidiana, a memória perfeita entrou em ação. Desta vez, o acúmulo de energia foi suficiente para deslocar o Colóquio do conforto acadêmico do Anfiteatro do Módulo II da UEFS para o intenso murmúrio, em vozes, odores, cores, sons e faces do Mercado de Arte Popular”, declarou Adeítalo, na solenidade de abertura. 
 
O grupo tem como objetivo o resgate da memória literária, dando prioridade a poetas feirenses, na tentativa de fazer com que algo tão íntimo do município se torne também algo mais próximo de seus moradores. “A instalação do colóquio em pleno Mercado de Arte Popular é mais uma oportunidade da academia se pôr em escuta daquilo que vem há décadas falando, algumas vezes, sem a autorização ou o respeito devidos”, afirmou Adeítalo.
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Na parte da manhã, a professora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Ana Paula Teixeira Porto falou sobre literatura de resistência e sua importância, abordando seu caráter de combate à determinados aspectos sociais. “Regimes, políticas, padrões de comportamento, políticas sociais de restrições de liberdades, econômicas, culturais. Não só pelo conteúdo, mas também a forma como o texto é construído, constituem uma resistência a todas essas políticas de descriminação, violência, e especialmente de invisibilidade de sujeitos marginalizados”, afirmou a Ana.
 
A tarde foi marcada por uma mesa dedicada a poetas feirenses, onde se fizeram presentes o jornalista membro da Academia de Letras de Feira de Santana, Carlos Melo, trazendo à tona um pouco da obra do poeta Cristovam Barreto, além da graduanda em Letras Edilene Barbosa, abordando a obra de Libânio de Moraes e da mestre em estudos literários, Cintia Portugal que lembrou o legado de Sales Barbosa, entre outras.
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Na ocasião, os literários falaram sobre suas pesquisas sobre os autores, mas também sobre sua antiga relação com os mesmos. Das experiências estéticas vivenciadas por eles durante o contato com suas obras.
 
A diretora do Departamento de Turismo, Graça Cordeiro, saudou a realização do evento no MAP.  “Agradeço a Deus por este momento e dou as boas-vindas aos participantes. Há 100 anos, este que foi mercado de fato e cereais, numa reforma acertada e significativa conduzida pela Prefeitura de Feira de Santana, reconhecendo-o como reduto de cultura e arte, recebe mestres e doutores para dialogar sobre estudos literários.”

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