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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Greve dos Correios prejudica recebimento de encomendas em Feira de Santana

 

Greve Correios

 Dezenas de pessoas que necessitam pegar encomendas na agencia dos Correios da Avenida Presidente Dutra, em Feira de Santana entraram em contato com nossa redação reclamando que estão sendo prejudicadas devido à greve dos funcionários da estatal, que teve início no dia 17 de agosto.

Os clientes ressaltam que “se a greve for legal, em busca de direitos adquiridos em lei, que eles (os grevistas) respeitem também os direitos dos consumidores, que a lei também dá o direitos deles manterem 30% do efetivo para os casos de urgências e emergências”. 
 
“Tenho dezenas de encomendas que me foram enviadas de outros estados e de outros países, estou há mais de seis dias, que recebi o código de rastreio me confirmando que minhas mercadorias já estão aqui em Feira e não consigo ter acesso às mesmas. Tenho meu comercio, tenho os meus clientes e preciso honrar com as minhas entregas, sei que eles têm que recorrer pelos direitos deles de funcionários, mas eles devem pensar também no nosso lado de cliente, que temos também os nossos direitos adquiridos por lei como consumidores”, ressalta o comerciante Jorge Vinicius Fagundes.
 
 Já a dona de casa Tarcila Gomes reclama que está tentando pegar uns documentos que lhes foram enviados há cerca de 5 dias e não teve acesso aos mesmos devido à greve e segundo ele, precisa dos mesmos para resolver pendencias na justiça.
 
“Tenho um litigio na justiça e preciso dos documentos para que eu possa dar entrada na minha separação. O pior de tudo é que eles disponibilizam um número de telefone (0800-725-0100), para reclamações e informações, porém não conseguimos falar com ninguém. Quero saber da direção da agencia o que devemos fazer?” pergunta a dona de casa.
INICIO DA GREVE - A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) decidiu entrar em greve no dia 17 de agosto. Segundo a entidade, não há prazo para o fim da paralisação na estatal.
 
De acordo com a federação, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
 
A entidade afirma que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios sobre estes pedidos, o que, segundo eles, não aconteceu. Alegam que, em agosto, foram surpreendidos com a revogação do atual Acordo Coletivo que estaria em vigência até 2021.
 
DISSIDIO - Em mais um capítulo da batalha entre trabalhadores e os Correios, a empresa estatal ajuizou nesta terça-feira (25/08) o dissídio coletivo de greve no Tribunal Superior do Trabalho (TST). As duas partes não chegaram a acordo, depois de funcionários entrarem em greve em todo o país em virtude da decisão de sexta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores da estatal.
 
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Findect), a direção dos Correios propôs a retirada de 70 cláusulas que envolvem direitos da categoria. A lista inclui benefícios como vale-alimentação, vale-cultura, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização  de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
 
Em nota, os Correios alegam ter proposto soluções para o problema, mas que os funcionários não aceitaram a proposta: "Desde o início de julho, os Correios tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do ACT. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal. Os Correios ressaltam que os vencimentos de todos os empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador".
 
Além da greve dos trabalhadores, a estatal ressalta ainda que teve perdas econômicas importantes durante o pico do coronavírus no país: "A paralisação parcial da maior companhia de logística do Brasil, em meio à pandemia da COVID-19, traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade. Os Correios têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT para os empregados. A empresa aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, já que agora toda a questão terá seu desfecho na Justiça".

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