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Recém chegada da Itália, uma feirense de 34 anos desembarca em Salvador, em 25 de fevereiro de 2020. Na capital baiana busca os primeiros atendimentos para tratamento pulmonar. Amostras de exames são encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz, em 6 de março passado, confirmando o diagnóstico para Covid-19. E com isso, Feira registra o primeiro caso da doença do novo coronavírus na Bahia.
Desde então, o município está prestes a completar 365 dias de apreensões, angústias e decisões difíceis. A cidade tem sido duramente afetada pela Covid-19. Já são 25.773 pessoas infectadas desde o início da epidemia. Destas, 466 morreram e 24.488 se recuperaram.
Francisca Lúcia Oliveira, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, foi uma das profissionais que monitorou o primeiro caso da Covid-19, em Feira. “Ela (paciente) passou um período de 14 dias em isolamento domiciliar, sendo acompanhada por uma equipe da secretaria. Fizemos um mapeamento com o histórico de roteiro, sendo identificadas as pessoas que entraram em contato. A partir dessa informação, todos foram monitorados”, relata.
Contudo, em menos de um mês a transmissão passou a ser comunitária e o vírus já estava propagado. Em junho, a curva de casos por Covid-19 começou a subir, atingindo seu pico, em julho, com 3.204 casos. Somente a partir de setembro os dados começaram a cair. Em dezembro, Feira registrou a segunda onda, com 4.845 casos diagnosticados, um aumento mais intenso do que no primeiro semestre do ano.
Doença avança
A situação atual é ainda mais crítica, com a doença alcançando um maior número de jovens, se propagando mais rápido e com ocupação de leitos em capacidade máxima. O secretário municipal de Saúde, Edval Gomes, faz um alerta à população e reforça a necessidade de as pessoas não vacilarem com as medidas de segurança.
“Estamos em uma gravíssima emergência de saúde pública. Não temos leitos suficientes de UTI e a quantidade de novos casos está em crescimento, tanto em nossa cidade quanto na Bahia. É uma situação muito crítica ainda não enfrentada por nossa cidade”, explica Edval.
Mesmo com a chegada da vacina, o risco em contrair a Covid-19 assusta: exige de cada um cautela, distanciamento e proteção. Mais do que nunca, é preciso redobrar os cuidados, com o uso de máscara, do álcool em gel e seguir o distanciamento social. Afinal, ninguém está livre de possível contaminação.
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