Dia Nacional do Sistema Braille é celebrado neste 8 de abril
“A educação é um direito de todos e o sistema braille garante isso às pessoas cegas”. As palavras da professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para estudantes com deficiência visual, Raquel Malheiros, definem a importância do sistema braille, cujo Dia Nacional é celebrado neste 8 de abril. A data destaca a relevância do principal meio de comunicação escrita para as pessoas cegas, além de propor uma reflexão sobre os desafios enfrentados.
O braille é um sistema de escrita e leitura tátil inventado pelo francês Louis Braille. O sistema tem seis pontos em relevo, dispostos na vertical em duas colunas de três pontos cada. A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos para escrita em geral.
No Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva Colbert Martins da Silva, os estudantes com deficiência visual da rede municipal contam com o ensino do sistema. O objetivo é de progredir não só na rotina escolar, através das atividades pedagógicas, como na vida prática também.
“Aqui é ofertado o atendimento educacional especializado para o estudante cego, que vai passar por um processo de desenvolvimento, de estimulação sensorial, exercícios preparatórios para escrita braille, exercícios preparatórios para leitura, conhecer o conjunto matricial do sistema e a partir daí terá contato com alfabeto braille para progredir gradativamente”, explica a professora.
Para isso, um acervo rico composto por diversos itens utilizados para estimular o desenvolvimento dos estudantes fica disponível durante os atendimentos. “Temos livros transcritos para o Braille, vários jogos pedagógicos, atividades adaptadas, muitos materiais de papelaria em texturas diferentes, sucatas, máquina de datilografia especial, reglete, punção, o papel apropriado para escrita Braille”, pontua Raquel. A reprodução de todo material em alto relevo, que será utilizado em sala de aula pelo estudante, também é feita pelo Centro.
A aposentada Denice Almeida é avó de Vithoria Gonçalves. Há dois anos sendo acompanhada pelo Centro, ela percebe os avanços no desenvolvimento da neta. “Ela está aprendendo muita coisa aqui, a comunicação melhorou muito no dia a dia. Tudo que ela absorve aqui, consegue colocar em prática”, conta.
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