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terça-feira, 8 de abril de 2014

Feirenses comemoram Dia Nacional do Braille

O mundo das letras na ponta dos dedos. Nesta terça-feira (08/04), é comemorado o Dia Nacional do Braille. É na combinação dos seis pontos que os cegos ou as pessoas que tem graves problemas na visão conseguem ler. O alfabeto especial os torna cidadãos do mundo. Em Feira de Santana, quase duas centenas de pessoas de todas as idades frequentam o Centro de Apoio Pedagógico Jonathas Telles de Carvalho. Lá, encontram-se ou reencontram-se com o mundo mágico da leitura.

Para comemorar a data, quando nasceu Luis Alves de Azevedo, primeiro brasileiro a adotar este método de leitura, profissionais deste setor e pessoas com esta deficiência participaram de atividades em um estande montado no estacionamento da Prefeitura. Além de palestras e relatos pessoais, foi apresentado o material que é usado no sistema Braille.

“Aprender Braille significa agilidade e independência na vida”, diz a diretora do Centro de Apoio, Maristela Ribeiro. “Este é uma data muito importante para todos nós”. Salienta que o sistema está presente no dia a dia dos cegos, em instituições públicas e privadas. O tempo de aprendizado varia de acordo com a capacidade cognitiva de cada um deles, que tem que decorar as 40 configurações dos seis pontos.

Renato Bispo, da Associação Baiana de Cegos, diz que o ato de aprender Braille significou uma grande independência. “Acredito que todos os deficientes visuais deveriam aprender a ler em Braille”. Ele conheceu este sistema há 14 anos.

Além do Braille, no Centro de Apoio Pedagógico o deficiente visual aprende informática, a andar nas ruas no curso de orientação e mobilidade, tem aula de matemática no método Soroban, entre outras iniciativas. “São ferramentas importantes para que todos desenvolvam suas habilidades”, diz a professora de Braille, Analice Oliveira.


Orientação e mobilidade são iniciativas que oferecem a possibilidade dos cegos a andar pelas ruas sozinhos, bem como entrar em repartições públicas, pegar ônibus, subir em escada rolante. São iniciativas que lhes dão maior poder de mobilidade. “O tempo de hoje não mais permite que o deficiente visual fique em casa, trancado”, diz a professora Suêde Silva. Andar sozinho nas ruas leva, em média, de cinco meses a um ano. também depende da capacidade de absorção de conhecimento do aluno.  

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