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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Oficina de libras envolve estudantes, familiares e funcionários do Centro de Educação Integrada

 

O evento aconteceu durante toda terça-feira

Mãos e expressões faciais que comunicam. Em celebração ao Dia Nacional do Surdo e ao Setembro Azul - mês de visibilidade da comunidade surda, o Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva promoveu oficinas de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para estudantes, familiares e funcionários do centro. O evento aconteceu durante toda terça-feira, 27, no auditório do Centro - localizado no antigo Feira Tênis Clube

A programação contou com palestra sobre vivências da comunidade surda e duas oficinas introdutórias de Libras. O objetivo foi divulgar a língua e promover ainda mais a inclusão nas escolas municipais de Feira.

A atividade prática foi conduzida por Julieze Jesus de Souza Alves (professora da rede e intérprete), Maria José Oliveira (professora do Atendimento Educacional Especializado para surdos/Sedyuc), Albery Pires França Vasconcelos (professor convidado e surdo) e Elisângela Souza Vasconcelos França (intérprete). 

Para Isabela Carvalho, diretora do Centro, é necessário fortalecer cada vez mais a inclusão e valorização do sujeito com ações como esta. A rede municipal de educação conta com 70 estudantes surdos.


“Executar essas atividades no novo espaço que foi sonhado e pensado para a inclusão em Feira de Santana é emocionante. Queremos integrar cada vez mais a comunidade escolar, as famílias e a sociedade. Nosso objetivo é mostrar o quanto é possível para nossos estudantes estarem inseridos na sociedade, apesar das dificuldades”, pontua. 

Solange Rodrigues, mãe de Rian Andrade Rodrigues, que é acompanhado pelo Centro de Educação Inclusiva, contou que conhece muito pouco sobre Libras, mas nota a melhora no desenvolvimento do filho desde que ele começou a estudar a língua. Ela considera que esta foi “uma boa oportunidade da família aprender também” e que vai procurar se interessar cada vez mais.

O Centro Municipal Integrado de Educação Inclusiva atende aos estudantes da rede municipal que têm alguma deficiência ou transtorno. O atendimento Educacional Especializado (AEE) para surdos é um dos destaques do local. 

No AEE o estudante é acompanhado e aprende a Libras como sua primeira língua e português como segunda. Em breve, os alunos também vão ter o acompanhamento psicopedagógico. 

Um exemplo de superação 

As atividades da terça começaram com uma palestra do professor Albery França, que perdeu a audição aos nove meses de idade. Ele destacou as dificuldades de ser a única pessoa da família com surdez e pontuou sobre a luta pelo mercado de trabalho e inclusão no ensino superior. 

Apesar de todos os percalços, Albery conseguiu se formar em Serviço Social, Letras Vernáculas e Letras Libras, além de possuir diversas especializações. Acompanhando pela intérprete Elisângela, o professor destacou que “a acessibilidade foi uma barreira muito grande, mas não perdi a vontade de alcançar meus objetivos”. 

“Não desisti de sonhar, mesmo com todas as dificuldades. Agora levo meus relatos para outras pessoas saberem que é possível”, concluiu.

Esta foi uma grande lição para famílias que estavam presentes, como para Alane Maciel Costa, mãe da pequena Louiane Maciel de 7 anos. Elas moram no distrito de Maria Quitéria.

“Precisamos ter mais conhecimento para nos incluirmos na sociedade, eu conheço pouco desse mundo, mas procuro saber cada vez mais. Às vezes, achamos que por conta da deficiência de nosso filho pode ser excluído da vida comum, contudo com um exemplo desse vemos que conseguimos ir muito além do que imaginamos”, declarou. 

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