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quinta-feira, 29 de junho de 2023

O acolhimento que aquece a alma de quem vive em situação de rua

 

De janeiro e maio deste ano, 549 encaminhamentos foram feitos para abrigamento

De domingo a domingo equipes de abordagem social da Prefeitura de Feira de Santana vão às ruas acolher pessoas que estão em situação de vulnerabilidade. Percorrerem locais de intenso movimento, como feiras-livres, praças e terminais de ônibus. 

Durante a escuta recebem relatos diversos. São homens e mulheres que estão de passagem pelo município; outros que perderam os vínculos familiares, fazem uso de substâncias psicoativas, estão desempregados, entre outras situações. 

"As equipes de abordagem atuam durante o dia e à noite fazendo a busca ativa para acolher o cidadão que está na rua. Cada caso é avaliado individualmente e direcionado para o serviço específico", afirma Agostinho Fróes da Motta, diretor do Departamento de Proteção Social da Sedeso (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social). 

Natural de Camaçari, Abraão Marinho, 42 anos, vive nas ruas há 10 anos. Diz que já passou por outros estados e países, como Paraguai, Argentina e Bolívia.  Em Feira, onde está de passagem, já esteve outras vezes. “Passo aqui de relâmpago. Fico um a dois dias e sigo viagem”. 

Abraão é uma das dezenas de pessoas encontradas pela equipe nas ruas de Feira de Santana. Sentado em um dos bancos do jardim da Praça da Matriz recebe os profissionais demonstrando conhecê-los. A equipe pergunta se está tudo bem e se necessita de alguma ajuda. 

“Identificamos eles pelo nome ou apelido. Criamos uma relação de confiança, conquistada diariamente no trabalho de formiguinha”, diz a orientadora da Sedeso, Roberta de Jesus. 

PLANTÃO SOCIAL

Centenas dessas situações chegam ao conhecimento das equipes de assistente social, educador e orientador através do Plantão Social que funciona de segunda a sexta-feira de 8h às 22h e aos sábados, domingos e feriados das 8h às 14h, recebendo denúncias ou solicitações espontâneas. 

Os profissionais se deslocam até o local onde fazem a escuta e ofertam o acolhimento temporário às pessoas. Aquelas que aceitam são direcionadas para o CTA (Centro Temporário de Acolhimento), na Praça do Tropeiro, no caso de famílias, mulheres e o público LGBTGIAPN+, ou para o Palácio Social, onde são acolhidos homens em situação de rua. 

Somente entre os meses de janeiro e maio deste ano, 549 encaminhamentos foram feitos para esses equipamentos, sendo 390 deste quantitativo para o Palácio Social. "Vale salientar que a mesma pessoa pode ser abordada e direcionada mais de uma vez", explica o diretor da Proteção Social.

De acordo com Agostinho Fróes da Motta, nestes equipamentos da assistência social o cidadão recebe refeições, têm acesso a dormitório e banheiros. Também são encaminhadas para os serviços de saúde e emissão de documentos. Todos os dias são disponibilizadas 50 vagas no Palácio Social e no CTA.



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