Expofeira 2025: A respeitosa relação entre animais e seus tratadores

 

Aliam cuidado, prazer na atividade e boa vontade no desenvolvimento do serviço

Os tratadores dos animais expostos nas baias e galpões do Parque de Exposição João Martins da Silva são mais do que seus guardiões. São eles que cuidam e zelam pelo bem-estar do plantel. Aliam cuidado, prazer na atividade e boa vontade no desenvolvimento do serviço.

Acordam cedo, antes do sol nascer, e são os últimos a dormir. Eles dormem no espaço que existe entre os cochos, em redes ou em camas adaptadas. Dão atenção aos animais durante todo o dia. A atuação é fundamental para que se mantenham tranquilos, mesmo com a presença de público.

Cedo, os levam para o banho diário. Depois, preparam a altura adequada da cama de maravalha, que evita o contato dos cascos com o piso, funcionando como amortecedor, principalmente se o bicho for pesado – o que não é difícil de se ver.

Usando um gancho, retiram os dejetos da noite anterior – mantêm o ambiente limpo, para que os animais não pisem ou deitem sobre as fezes. Enchem os cochos com a comida oferecida pela Secretaria de Agricultura e a balanceada trazida pelo criador, e se responsabilizam pela água limpa e fresca que é oferecida aos bichos.

“O importante é não deixar os animais perderem peso, manter o ambiente limpo, dar banho todos os dias, prontos para ser vistos e participar de julgamentos”, disse o tratador Antônio Carlos. “Quando um deles vence uma competição, a gente vence junto, porque o nosso trabalho é reconhecido.”

Luiz de Jesus está na atividade há cerca de dez anos e disse gostar da profissão. Está cuidando de 36 animais nesta edição da Expofeira. É a primeira vez que o lote participa de uma exposição. “Para deixar todos tranquilos, fizemos um trabalho com eles que durou 45 dias.” Os bovinos não se incomodam com a presença das pessoas.

Afirmou que está acostumado com a lida diária e que praticamente não há rotina na atividade. “Algumas coisas se repetem, mas sempre tem muitas atividades diferentes ao longo do dia”, disse ele, que fica atento aos movimentos do rebanho, principalmente no tocante à retirada das fezes. “Eles devem ficar com os cascos e o couro limpos”.

Foto: ACM e Jorge Magalhães