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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Professores são impossibilitados de dar aulas

Os professores José Domingos, Alcindo Ferreira e Rita Kleiny foram proibidos de exercerem suas atividades pedagógicas por 30 dias. A proibição foi determinada pelo prefeito da cidade Nova Soure, José Arivaldo Ferreira Soares, no incio desta semana, que baixou um decreto no Diário Oficial do Município (Portarias de nº15,16 e 17 de 29/08/2011), onde o texto do decreto aponta desacato à autoridade como o principal motivo da suspensão. 

Os três docentes asseguram que o motivo real da suspensão foi a participação deles em manifestações públicas nas ruas e praças da cidade, reivindicando condições mais dignas de trabalho e o fortalecimento da democracia dentro do espaço escolar, como eleições para diretores das escolas municipais.  
 “A liberdade de expressão é o maior bem da humanidade, um direito inalienável estabelecido na Constituição de 1988. Logo ninguém poderá cercear esse direito”, disse o professor José Domingos, um dos suspensos e atual Coordenador da APLB de Nova Soure. 

“O que reivindicamos é qualidade na prestação dos serviços educacionais em nosso município. Por isso, lutamos pela gratificação de insalubridade para as merendeiras, pagamento da dívida dos caixas escolares, melhorias na infraestrutura escolar principalmente nas vilas e povoados, merenda escolar de qualidade para todos, respeito, valorização e cumprimento do reajuste salarial sempre na data base condizente com os repasses previstos ao município”, disse a professora e também suspensa, Rita Kleiny.

A afronta ao Estado Democrático e à liberdade de expressão ficou mais agravante ainda quando, no último dia 31 do mês passado, o professor José Domingos, foi impedido de entrar no  Centro Educacional Professora Maria Ferreira da Silva,da Rede Municipal de Ensino,  onde leciona há 11 anos.  “Na hora em que cheguei à Unidade de Ensino, fui impedido de entrar pelo chefe da Guarda Patrimonial do Município, o chefe da empresa Mega Forte e demais seguranças a mando do prefeito”, declarou o professor, inconformado.  “Não somos bandidos, somos educadores, zelamos pela formação cidadã de nossas crianças que, por vezes, são esquecidas pelas autoridades do município”, disse o Coordenador. 

Ele ainda assegura que o objetivo do prefeito com o falso embate de desacato à autoridade é confundir a população e resvalar em mais abuso de poder posteriormente e bradou: “Ele não vai nos coagir nem nos intimidar. Se as reivindicações não forem aceitas vamos deflagrar greve por tempo indeterminado”.

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