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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Bolsonaro e Haddad se enfrentam no segundo turno das eleições

Bolsonaro e Haddad
 A eleição presidencial brasileira será decidida por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) em disputa de segundo turno. Os dois foram os mais bem votados no primeiro turno, que aconteceu neste domingo (8). A segunda parte da eleição acontece no dia 28 deste mês. Com a maior parte das urnas apuradas, eles já estão matematicamente garantidos no segundo turno das eleições.
Bolsonaro chegou a 46,5% dos votos válidos e quase encerrou a disputa ainda no primeiro turno. Haddad manteve o percentual próximo ao indicado nas últimas pesquisas, ficando com 28%. Ciro Gomes (PDT) foi o terceiro, com 12% dos votos válidos. O segundo turno mantém uma tendência recente no Brasil. Desde Fernando Henrique Cardoso, em 1998, nenhum presidente se elegeu em primeiro turno no país.
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto desde que o ex-presidente Lula teve sua candidatura Barrada. Na última semana, ele mostrou uma arrancada de fôlego tanto no Ibope quanto no Datafolha, mas ainda assim teve um desempenho acima do estimado pelos institutos no resultado final. Já Fernando Haddad, substituto de Lula na chapa do PT, manteve o patamar estimado. Geraldo Alckmin, do PSDB, teve apenas 4% dos votos. É a primeira vez desde 1989 que o partido fica de fora da disputa eleitoral final. 
 
A votação foi finalizada às 17h, sempre pelo horário local, e o TSE já está finalizando a apuração.
 
Jair Bolsonaro é capitão da reserva do Exército e foi por sete mandatos deputado federal do Rio de Janeiro. Nascido em Campinas (SP), ele está na política desde 1991. Ele ficou conhecido na imprensa pelas suas declarações polêmicas e explosivas. Bolsonaro está casado com a terceira mulher e tem cinco filhos, três deles também com vida pública.
 
Fernando Haddad é ex-prefeito de São Paulo, onde não conseguiu se reeleger em 2016. Bacharel em Direito, ele é mestre em Economia e doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo. É filiado ao PT desde 1983. Ele trabalhou na prefeitura de Marta Suplicy em São Paulo e no Ministério da Educação durante o governo Lula e Dilma. Depois, se candidatou e foi eleito prefeito de São Paulo, em 2012. De origem libanesa, ele é casado há mais de 25 anos e tem dois filhos.
Antipetismo x petismo
Bolsonaro assumiu durante a campanha a posição de representante do antipetismo, amealhando votos de eleitores desiludidos com o partido. Já Haddad foi o escolhido pelo partido para concorrer no lugar do ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba desde abril.
 
O deputado, mesmo estando na política desde 1991, também conseguiu se apresentar como uma figura nova, que irá se opor ao establishment do país. Já Haddad, ex-prefeito de São Paulo, se apresenta como uma continuidade das políticas do partido na era Lula, tentando se distanciar do governo Dilma Rousseff.
 
O PSDB de Alckmin, que apoiou o impeachment de Dilma e se aliou a Temer, acabou nafragando nas eleições, mesmo com o vasto tempo de propaganda eleitoral - que, este ano, se mostrou inefetiva diante do poder das redes sociais. A sigla tentou se mostrar como porta-voz do combate à corrupção do PT, mas acabou vendo seu nome de 2014, Aécio Neves, envolvido em investigações. Com 4,94% dos votos válidos, Alckmin teve pior desempenho do partido das em eleições presidenciais.
 
Ciro Gomes (PDT) se manteve constante durante toda a eleição, mas não conseguiu decolar. Tentando se mostrar como terceiro caminho para quem rejeita Bolsonaro e o PT, Ciro repetiu à exaustão que era o único candidato a vencer o capitão da reserva em um possível segundo turno. Embora tenha tido um crescimento nas redes sociais na reta final da campanha, não conseguiu reverter isso em votos, ficando em 12,46% dos válidos.
 
Marina Silva, da Rede, viu seus votos drenando durante a campanha e teve sua pior derrota de suas três eleições. Com apenas 1% dos votos válidos, ficou atrás de João Amoêdo (Novo), com 2,68%, e por Cabo Daciolo, com 1,22%. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) ficou em sexto lugar, com 1,22%, e Álvaro Dias (Podemos), ficou com apenas 0,86%.
 
Informações do CORREIO 24 HORAS 

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