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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Exploração de Petróleo e Gás na Bahia deve reaquecer com novo Reate

REATE 2020
 Pioneira na exploração de Petróleo e Gás no país, a Bahia, que vive o declínio da atividade, pode ter o setor revitalizado com o programa de desinvestimentos da Petrobras em 30 campos maduros no estado. A medida vai impulsionar a produção e promete dar início a um ciclo de extração de gás natural, essencial para o desenvolvimento e a competitividade da indústria local.

Renata Isper, do MME, acredita que, em pouco tempo, a exploração de campos maduros será uma atividade comum no Brasil. Fotos: SENAI Cimatec.
 
O tema foi debatido no Encontro Nacional do Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres - REATE 2020, realizado nesta quinta-feira (19/09), no SENAI CIMATEC, em Salvador. O evento contou com representantes dos Ministérios de Minas e Energia e da Economia, ANP, EPE, FIEB, Sebrae, Abpib, Onip e Governo da Bahia.
De acordo com o gerente de desenvolvimento e negociação de parcerias da estatal, Eduardo Abdounur, os 30 campos terrestres da Petrobras na Bahia são Miranga, Tucano Sul, Rio Ventura e Recôncavo. Ele explicou, porém, que a sistemática de desinvestimento nestas áreas tem várias etapas e leva tempo. “Não se trata apenas de vender campos. Há uma série de contratos e acordos previstos no processo, que garantem a continuidade da atividade”, afirmou.
 
Mirando as oportunidades que o Reate deve criar para o estado, o governo da Bahia prepara o lançamento do programa Novo Mercado de Gás na Bahia, previsto para dezembro deste ano. Presente ao evento, o coordenador técnico de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), João Victor Arariba, anunciou a realização de uma audiência pública sobre o assunto, no próximo dia 30, no auditório da Agerba.
 
Ele também citou o Fórum de Gás, que acontecerá no SENAI CIMATEC, em 20 de novembro. Já o secretário estadual da Infraestrutura, Marcus Cavalcanti, anunciou que o governo vem travando negociações com fornecedores locais, por meio da Bahia Gás, e que, a partir de janeiro, irá disponibilizar gás natural produzido aqui, a preços competitivos.
Bruno Dauster, secretário da Casa Civil, parabenizou as iniciativas de reaquecimento do setor na Bahia, especialmente por esta ser uma atividade que gera emprego e renda, mas chamou a atenção para os impactos ambientais e sociais. “Não se pode perder a perspectiva ambiental neste processo, pois esta, se ignorada, pode trazer consequências trágicas para a população e o nosso meio”, alertou.
 
Reate 2020 – Segundo Aurélio Amaral, diretor da Agência Nacional de Petróleo e Gás, a ANP está empenhada em ter um “olhar menos burocrata, mais diligente e ágil” na implantação do programa. “Atualmente, 96% do gás natural produzido no país vem do offshore, então o espaço para o crescimento é imenso. Vamos atuar mais como agentes indutores da cadeia produtiva”, assegurou.
 
A secretária de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Renata Isper, elencou os quatro eixos de trabalho do Reate: Inovação e Regulação, Institucionalização da Indústria e Multiplicação das Companhias de O&G (óleo e gás) e de Bens e Serviços, Gás e Promoção da Livre Concorrência. Ela enfatizou que “a hora de explorar os campos maduros é agora, enquanto estes recursos têm valor” e acredita que, em pouco tempo, a atividade se tornará corriqueira no país.
 
O presidente da FIEB, Ricardo Alban, destacou que o SENAI Cimatec já desenvolve tecnologias para aumentar a produtividade na exploração de Petróleo e Gás em campos maduros. Ele citou também o novo “braço” da casa, o Cimatec Industrial que, em breve, terá sua primeira etapa inaugurada, trazendo novas possibilidades na pesquisa aplicada e testes para a indústria. “Somos o segundo Hub de Gás do Brasil, temos como dar suporte nas áreas de sísmica e supercomputação. É um grande parque tecnológico comprometido com o desenvolvimento e o crescimento para o nosso estado e para a economia”, disse.

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