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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Da criança ao adulto, equipamentos da assistência social acolhem pessoas em situação de vulnerabilidade

 

Nos CRAS são ofertadas oficinas diversas para todas as faixas etárias

Um grupo alegre e cheio de vitalidade de senhoras que já passaram dos 50 anos se reúne duas vezes na semana para uma aula descontraída no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), na Conceição II. Seguindo as orientações do professor Edivaldo Almeida, mestre de capoeira, elas alongam todo o corpo. Mais que uma oficina de exercícios físicos, as participantes promovem à saúde e fortalecem os vínculos afetivos. 

Há 8 anos, Telma da Silva, 71, mais conhecida como “Índia”, frequenta as atividades no CRAS. “Aqui encontro alegria e sou bem acolhida por todos”, diz a senhora esbanjando um largo sorriso. Sempre às terças e quintas-feiras, dias que as oficinas de alongamento e musicoterapia acontecem, Telma está presente. “Não perco por nada”. 

A atividade é promovida no salão do equipamento municipal e faz parte das ações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos.

“Acolhemos pessoas em situação de vulnerabilidade social, promovendo o fortalecimento de laços familiares e a integração social”, afirma a coordenadora do Cras, Ivanete Rios.  


Maria Olga dos Santos, de 76 anos, frequenta o local desde 2015. “Não sei o que é sentir uma dor de cabeça. Aqui exercito o meu corpo e esqueço qualquer problema. Minha autoestima e disposição estão sempre lá em cima. Me sito em casa, somos uma verdadeira família”. 

O sentimento de acolhimento é vivenciado também por quem procura o CRAS para outros serviços. No equipamento vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso), os moradores têm acesso a cadastro e atualização do Bolsa Família, podem solicitar o NIS (Número de Inscrição Social), recebem atendimentos com assistentes sociais, pedagogos e psicólogos, entre outras demandas. 

“A comunidade participa ativamente das nossas atividades, o que facilita para equipe identificar quando o usuário está passando por qualquer dificuldade. E quando um ou outro deixa de frequentar o CRAS, saímos em busca ativa para saber o que aconteceu", diz o pedagogo Vinicius de Andrade. 

INICIAÇÃO MUSICAL

No espaço ao ar livre e à sombra das árvores, o músico Domingos Figueiredo Neto, popularmente conhecido como Neto de Gandhi, é quem ensina jovens rapazes do conjunto George Américo a manusear os instrumentos - repique, timbal, surdão e caixa de repique são alguns deles.

A oficina de percussão é oferecida pelo CRAS (Centro de Referência de Assiatência Social Girlene Neves) situado em frente à praça do Morada das Árvores a meninos na faixa etária entre os 7 e 18 anos.  

Neto de Gandhi, que desenvolve esse trabalho no CRAS do George Américo há 6 anos [são 21 anos ministrando aulas nos equipamentos da assistência social] destaca que o intuito é ofertá-los uma atividade e "evitar que entrem no mundo das drogas e do álcool". 

Natan de Souza, 18 anos, é um desses meninos. Ele frequenta o CRAS desde os 13. "Gosto demais das aulas e aqui a gente tem a oportunidade de aprender a tocar um instrumento musical", conta. 

Antes de irem pra praça aprender a tocar os instrumentos e fazer ecoar o som da percussão, passam por atendimentos com outros profissionais da equipe, como orientador social ou pedagogo.  

"Trabalhamos com temas norteadores direcionados às campanhas mensais ou datas comemorativas. São atividades dinâmicas que possibilitam a interação uns com os outros, além de promover o acolhimento desses jovens e atraí-los para o Cras", ressalta a pedagoga Bruna Brito. Além da oficina de percussão, o espaço oferece aulas de pintura e patch aplique.

APRENDER BRINCANDO

No Centro de Formação Profissional Juiz Walter Ribeiro Costa Júnior, equipamento também da Prefeitura de Feira de Santana vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, localizado no Aviário, estão cadastradas 280 famílias. 

No local são ofertadas oficinas do projeto Aprender Brincando, que tem a parceria da empresa Pirelli. Uma delas é o balé. Devidamente uniformizadas com colã, meia calça, saia e sapatilha, além do cabelo preso como uma polpa, meninas ensaiam os primeiros passos na dança. 

A postura ereta e o corpo apoiado a ponta do pé, elas vão se movimentando sob os olhares da professora Brenda Linhares. As turmas são divididas conforme a faixa etária das crianças.

"Há em torno de 30 meninas participantes na oficina de balé e estamos com lista de espera na expectativa de surgir vaga", diz a coordenadora Tereza Macedo. 


Nas outras salas do Centro de Formação, mais crianças aprendem a tocar piano e flauta, enquanto algumas delas participam também Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos com oficinas de pinturas, jogos educativos, contação de histórias e dinâmicas. "Aqui todos são abraçados. Do pequeno ao adulto", acrescenta a coordenadora. 

O agente de portaria João Vitor Ramos, quando tem uma folga no trabalho, faz questão de ir ao Centro de Formação acompanhar a filha nas atividades. A pequena Luiza Emanuela está inscrita nas oficinas de balé e no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. "É um projeto excelente pra toda a comunidade", observa.



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