Dona Margarida dos Reis, fez dos versos das músicas “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso, e “O que é, o que é?”, de Gonzaguinha, trilhas da sua vida. Longeva, diga-se. “O que vier pra mim é lucro”, arremata depois de afirmar que está vivendo a vida. Alegremente, sempre.
Diz que a alegria de viver está diretamente relacionada ao tratamento recebido por parte dos familiares. “Sempre jogo fora as coisas ruins e vou levando a vida com alegria, aproveitando cada dia que Deus me da. Nunca perco uma oportunidade destas de me divertir”.
A idade da elétrica dona Margarida conta-se às décadas. Já passou de nove e se aproxima da metade da décima. “Tenho 93 anos”, comemora. Festeira por natureza, diz que não perde um arrasta-pé há muitos anos. “Se tocarem numa lata, tô dançando”.
Foi uma das centenas de idosos que participaram dos eventos relacionados à Semana do Idoso, realizado no estacionamento da Prefeitura, na manhã desta quarta-feira, 4 – o dia dedicado aquele que já passaram dos 60 foi comemorado no dia 1º.
Há mais de meio século se mudou de Muritiba, no Recôncavo, para Feira de Santana, onde morou vários anos numa casebre de madeira na estação da época. Lembra que a viagem foi de trem. “Sempre gostei de festa”, diz a nonagenária, que se autodefine como uma viúva alegre.
E quando fala da Micareta levanta os braços, como estivesse prestes a cair na folia. “Desde que vi a Micareta nunca mais perdi uma. Sempre gostei do Bacalhau na Vara”. É uma das testemunhas das mudanças da festa maior de Feira nas últimas cinco décadas. “Sou uma pessoa muito feliz”.
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