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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Representantes do segmento musical protestam devido a decreto municipal e prefeitura esclarece medidas

 

Manifestação

 Com o novo decreto publicado ontem (10/12) em edição extra no Diário Oficial do Município, proibindo todo e qualquer show musical em bares, restaurantes e similares em Feira de Santana, além de proibir festas, músicas ao vivo e transmissões de jogos esportivos, representantes do segmento musical realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (11/12) em frente a prefeitura.

De acordo Everton Silva de Jesus, um dos músicos presentes na manifestação, o protesto tem como objetivo mostrar a indignação da classe que já estava com shows contratados para o final do ano.
 
Os nossos shows já estavam sendo realizados para um público reduzido, estávamos nos reestruturando depois da primeira parada, já se organizando e quando as coisas estavam sendo normalizadas, vem um novo decreto que só proíbe os músicos de trabalharem. Mas será que que o pessoal da música promove aglomeração como as lojas em Black Friday? Será que uma voz e violão provoca tanta aglomeração assim como aconteceu nas eleições, nos comícios, nas carreatas?", questionou.
Segundo Everton, após esse decreto publicado no dia de ontem (10), o músico precisou cancelar seis shows que seriam realizados durante esse final de semana.
 
"Não tem como especular os prejuízos que nossa classe vai sofrer a partir de agora. Só esse final de semana eu perdi seis shows, será que vamos passar o final do ano sem trabalhar? Em um período que levamos um pouco a mais para casa, onde conseguimos pagar o aluguel, as contas. O Governo Estadual e Municipal deveriam ter um olhar mais crítico com os artistas locais e por isso estamos aqui para mostrar que temos vozes, não estamos aqui à toa", explicou.
 
O grupo que se concentrou na porta da prefeitura informou ao Acorda Cidade que pretende conversar com o prefeito Colbert Martins, afim de ter uma flexibilização no decreto.
O Secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana, Jairo Carneiro Filho, informou que irá dialogar com os representantes, mas explicou que certos estabelecimentos que contratam os músicos, não estão seguindo as regras com relação a quantidade de clientes.
 
"Estamos aqui dialogando, tivemos um decreto ontem a nível municipal, mas não podemos esquecer que já existe um decreto estadual. Precisamos entender que apenas no dia de ontem, foram 300 casos confirmados para o coronavírus, mas não é especificamente contra os músicos que estamos com esse decreto, e sim por parte dos estabelecimentos que contratam esses profissionais. Não está tendo controle de clientes e nos espaços que devem ter até X pessoas, essa quantidade ultrapassa. Então estamos tendo todos os cuidados para evitar um fechamento brusco em determinado setores", finalizou.
Nota de esclarecimento sobre manifestações de músicos
 
A Prefeitura de Feira de Santana vem a público esclarecer que, devido ao aumento de casos confirmados do novo coronavírus, houve a limitação do horário de funcionamento de bares e o cancelamento de apresentações artísticas nesses locais, fator que ocasionou a manifestações de músicos, hoje pela manhã, sexta-feira (11), em frente à casa do poder Executivo.

Em decreto publicado no Diário Oficial do município, no dia 10/12/2020, o prefeito Colbert Martins da Silva Filho revogou o art. 3º, do Decreto Nº 11.876, de 30 de novembro de 2020, que reduz o número de músicos nas apresentações artísticas. Nesse sentido, ficou suspensa a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados em praças públicas, feiras livres, bem como em centros comerciais. Essa decisão tem validade até o dia 31 de dezembro de 2020. Além do decreto municipal citado, houve a atualização de um decreto do Governo do Estado que proíbe shows e festas, sejam estes públicos ou privados, independentemente do número de participantes.

Na quinta- feira (10), Feira de Santana registrou 300 casos positivos da Covid-19, o maior número constatado em 24h, desde o início da pandemia. Dessa forma, a medida tomada pelo poder Executivo foi motivada pelo aumento de casos em todo o estado, como também pelo atraso de exames RT-PCR, encaminhados para o Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN, e com o prazo de 11 dias para a entrega dos resultados. Em virtude desse cenário e para evitar que os sistemas de saúde recebam uma demanda muito acima da capacidade de atendimento adequado, foi necessária uma medida mais rigorosa por parte do poder Executivo, principalmente, nas áreas de eventos e bares devido a não utilização de máscaras no local e a possibilidade de maior emissão de gotículas de saliva causada pela dificuldade de comunicação por causa de som alto.
 
Informações e fotos do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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