Uma
liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou na
segunda-feira (28) o pagamento dos salários aos professores estaduais
grevistas. O corte do salário dos professores foi anunciado pela Secretaria de
Educação no dia 19 de abril, após determinação do governo. A categoria está em
greve há 49 dias.
Procurada
pelo G1,
a assessoria da Procuradoria Geral do Estado informou que a liminar está sendo
avaliada e que as determinações judiciais devem ser cumpridas, mas a forma de
pagamento dos professores está sendo estudada.
Nesta
terça-feira (29), os professores voltaram a se reunir em assembleia e definiram
a continuidade da greve. "As ações de protesto serão mantidas. Hoje, às
17h, faremos uma panfletagem no Pelourinho. Na quinta-feira estamos organizando
uma caminhada de Ondina até o Farol da Barra e na sexta vamos nos reunir com os
pais e alunos no Colégio Central", enumera Rui Oliveira, presidente do
sindicato da categoria.
Corte
do ponto
A
greve já foi considerada ilegal pela
Justiça e o ponto dos grevistas foi cortado.
O departamento jurídico do sindicato da categoria (APLB) deu entrada em uma
ação com pedido de liminar à Justiça na tentativa de derrubar a ordem que impõe
multa diária de R$ 50 mil até encerramento da greve.
No
dia 15 de maio, o Governo da Bahia divulgou comunicado informando que pagaria os
salários cortados aos professores em greve caso a categoria se comprometesse a
retornar imediatamente às atividades, o que não aconteceu.
Reivindicações
Os professores querem reajuste de 22,22% no piso nacional. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio.
Informações e fotos do G1
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