Manifestantes
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Na manhã desta terça-feira
(04/10), um grupo de candidatos a vereador que não conseguiram se eleger
no pleito deste domingo (02/10), em Feira de Santana estiveram no
Ministério Público (MP), na Avenida Getúlio Vargas reclamando da
apuração dos votos. Insatisfeitos com o resultado os manifestantes foram
solicitar ao MP, a recontagem dos votos ou uma nova eleição em segundo
turno para vereador.
O advogado Fabiano Bernardes, também
candidato pelo PROS, ressaltou a possibilidade de ter existido votos
flutuantes, cerca de 20 mil votos, ou seja, votos que não entraram na
computação geral deixando vários candidatos a vereador prejudicados.
“O que nós queremos é que as pessoas
recebam os vídeos da eleição em Feira de Santana. Aos meus olhos e aos
olhos de muitos houve uma compra generalizada de votos nesta eleição.
Colocaram à disposição do eleitor um “pardal” (aplicativo utilizado para
denúncias de irregularidades na eleição). Mas o pardal, não funcionou.
Não sei se não funcionou por problemas técnicos ou porque
sobrecarregou”, disse Fabiano.
Segundo ele, são 120 pessoas reclamando e a quantidade pode ainda aumentar. O que demonstra uma grande insatisfação. “Nós queremos saber o voto sincero, a verdade. E, para isso todos estão buscando esse direito”, afirmou.
O promotor Audo Rodrigues recebeu o
advogado Fabiano Bernardes e membros de diversos meio de comunicação e
durante o encontro ele disse, “não existe essa situação de votos
flutuantes”.
“Qualquer apuração só é encerrada a
partir do momento que todas as urnas são computadas. Se não houver
computação de todas as urnas, a ata da eleição não fecha. Já solicitei
ao cartório a ata geral da eleição e passarei para o advogado que está
aqui presente”, observou.
De acordo com o promotor, as pessoas estão confundindo o aplicativo de celular chamado "pardal" que é alimentado por outro sistema. Ele acredita que o aplicativo ficou muito tempo sem funcionar, as urnas em Feira de Santana demoraram para chegar ao Fórum da Justiça Eleitoral e quando chegaram foram todas de uma vez.
Audo Rodrigues enfatizou ainda que quem
faz apuração da eleição e disponibiliza os dados é o Tribunal Superior
Eleitoral. É o TSE quem alimenta o dispositivo pardal. Na opinião dele,
só existe uma forma da pessoa saber se teve menos votos ou não do que
foi apurado. É quando encerra a votação através do boletim final da urna
onde constam os votos dos candidatos. Só através da soma total de todos
os boletins para se tirar o exato de votos de um determinado candidato e
conferir com o resultado oficial.
O promotor Audo Rodrigues não aceitou o pedido de abertura de nenhum procedimento de investigação eleitoral e orientou os candidatos que se sentiram prejudicados a constituir advogados e entrarem com ações individuais.
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