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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Dilma se irrita com jornalistas ao ser questionada sobre jato com R$116 mil: “Tudo o que vocês queriam, não é?"

Presidente Dilma
 O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, ligado ao PT, e um colaborador da campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais, Marcier Trombieri Moreira, foram detidos e prestaram depoimento na noite de terça-feira (7), sobre R$ 116 mil em dinheiro vivo que levavam em um jato particular que saiu de Belo Horizonte com destino a Brasília.
A Polícia Federal abordou o bimotor turboélice de prefixo PR-PEG na pista do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek após receber denúncias anônimas de que o voo continha oito malas de dinheiro. Um terceiro passageiro, identificado como Pedro Augusto de Medeiros, de Ipatinga (MG), teria passagem na PF por envolvimento com tráfico de drogas. 
            Empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, ligado ao PT
 
A maior parte dos R$ 116 mil estava com Rodrigues, conhecido como Bené. O empresário ganhou notoriedade em 2010 ao ajudar a pagar o aluguel de uma casa em Brasília onde funcionou um núcleo da pré-campanha de Dilma Rousseff. Nessa casa, o PT teria montado uma equipe para elaborar um dossiê contra o tucano José Serra, adversário da petista. 
 
Bené é dono de empresas que já receberam cerca de R$ 272 milhões das gestões petistas no Palácio do Planalto. Funcionário aposentado do Banco do Brasil e ex-assessor do Ministério das Cidades, Marcier portava R$ 4 mil - metade escondido no corpo.  Ele trabalhou na área de comunicação da campanha de Pimentel. Ligado ao PT,  seria o responsável pela distribuição de material do candidato no estado. 
 
Inquérito
Portar dinheiro vivo não é crime, mas a PF decidiu instaurar inquérito para investigar suposta lavagem de dinheiro após os depoimentos do trio, considerados contraditórios, e pela presença de um homem com passagem por tráfico. O dinheiro foi apreendido. O jato, em nome da Bridge Participações, foi adquirido em 6 de junho de 2013, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
 
A empresa está registrada no mesmo endereço em que o Bené tem uma empresa de eventos, a Due Promoções e Eventos, antiga Dialog. Após a divulgação do caso, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que não se deve vincular o episódio a Pimentel, que depois de eleito passou a colaborar com a campanha de Dilma. 
                  Fernando Pimentel (PT), candidato ao governo de Minas Gerais
 
“Prenderam cento e pouco mil reais num evento ligado à campanha do deputado Bruno Covas. Isso não me leva a fazer qualquer vínculo com o deputado Bruno Covas”, disse, referindo-se à detenção de um assessor de campanha do tucano.
 
Irritação
Ao desembarcar em João Pessoa (PB), ontem à noite, Dilma  se irritou com a pergunta sobre o tema.“Tudo o que vocês (jornalistas) queriam, não é? Por que eu afastaria o Pimentel? Você já condenou?”. Indagada se confia no governador eleito de Minas, respondeu: “Eu confio, sim, no Pimentel. Acho que o Pimentel é uma pessoa interessantíssima, (para) que se pergunte se eu quero afastar ele da minha campanha. Por quê? Porque ele foi o governador que derrotou o candidato do Aécio Neves?”.
 
Ao final da entrevista, no aeroporto da capital paraibana, voltou ao tema. “Eu não vou aceitar de maneira nenhuma que alguém chegue aqui para mim e condene uma pessoa sem provas. Eu não vou aceitar de ninguém. Eu não faço isso com ninguém”. 
 
Já o candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, defendeu as investigações dos fatos antes de qualquer acusação contra o governador eleito de Minas Gerais. “Vamos aguardar para ver o que mostram as investigações. Se isso for verdadeiro, é muito grave”, afirmou.
 
Governador  A assessoria do governador eleito Fernando Pimentel admitiu, ontem, que dois homens presos ao desembarcar de um jatinho em Brasília, portando R$ 116 mil, prestaram serviços à campanha dele. Em nota, a equipe do petista se esquivou de ligação com o episódio: “A Coligação Minas para Você não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores”. 
 
A assessoria de Pimentel informou que Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades, trabalhava na equipe de comunicação da campanha. A Gráfica Brasil Editora e Marketing, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, também detido, foi fornecedora da campanha. “As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final”, diz a assessoria de Pimentel. Na nota, a equipe do petista alega que a campanha foi encerrada no domingo passado.
 
Informações do CORREIO 24 ORAS 

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