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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Educação indígena e afro-brasileira no Seminário sobre Direito à Diversidade

Palestra
 “Como eu posso trabalhar uma realidade sem tocá-la?”, questionou a professora Nádia Batista Silva, ou Akauã, nome dela na etnia tupinambá, nesta terça-feira, 25, durante o VII Seminário de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade”. O evento prossegue até o dia 28, no espaço de eventos da Gelateria Italiana, com a participação de professores e gestores de Feira de Santana e outros 48 municípios.
“Educação indígena se vivencia. Falar sobre o índio não é apenas comemorar o seu dia, caracterizando seus alunos, sem saber o que estão comemorando”, ressalta Nádia. Durante a mesa-redonda, ela abordou a Lei 11.645/2008, que propõe incluir no currículo oficial da rede de ensino obrigatoriamente o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
 
Nádia destacou a importância dos índios estarem incluídos na política educacional. “A educação é uma intenção política e o índio precisou aprender a falar de igual para igual sobre isso. Estamos formando futuras lideranças com os nossos jovens. Nós somos todos iguais, talvez tenhamos lutas diferentes, culturas diferentes, mas somos todos iguais”, defende.
 
A mesa-redonda contou também com a presença da professora Luciana Nascimento, da Rede Municipal de Ensino, que trouxe para debate aspectos relacionados à cultura afro-brasileira. “Se minha pele é minha linguagem, qual a sua leitura, professor? O seu aluno também tem uma pele que é uma linguagem. É preciso ter muita coragem para ter nela a cor da noite e ainda assim ser intangível”, explicou.
 
“As marcas da minha ancestralidade, das minhas experiências e trajetória me tornam diferente, mas perante os direitos, somos todos iguais. Se pensarmos que somos totalmente iguais de todas as formas, aqueles que possuem diferenças acabam excluídos”, afirma Luciana.
 
A professora Indaiara de Sant’Anna Silva considerou as contribuições do seminário "revelantes". “Nós precisamos buscar sempre novos conhecimentos, e aqui ganhamos novos horizontes. Já visitei tribos indígenas para ter mais propriedade sobre o assunto, não tratar apenas da teoria. É importante que se tenha prática, e vivenciar essas culturas”, conta.

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