Caracterização e fantasias: homenagens e volta ao passado

Professora e estudante de história, Eva Pacheco se caracterizou de Frida Khalo, a artista plástica, conhecida como mulher forte de frase idem, como “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar?",

 

"Eu nunca pinto sonhos ou pesadelos. Pinto a minha própria realidade", "Bebi porque queria afogar minhas mágoas, mas agora as coisas malditas aprenderam a nadar." Caprichou até nas famosas sobrancelhas grossas fechadas de um lado ao outro. “O bigode caiu”. Era outro traço da personalidade de Frida, heroína para uma multidão de mulheres.

 

A homenagem, diz a estudante, é merecida porque a artista plástica mexicana foi um exemplo de mulher guerreira e cujas idéias e ideais continuam atuais. “Ela entrou para a história por ser um exemplo de vida”.

 

Pelos grupos foram vistos padres, heróis das histórias em quadrinhos – Mickey, Homens-Aranhas foram deles, enfermeiras, padres e freiras, faraós, vampiras, diabos e diabas – endiabrados, piratas, noivas, e algumas que nem mesmo os autores sabiam definir. Daniela Lima foi vestida de Mulher-gata. Disse que sempre teve vontade de sair com a fantasia, toda de preto, com mascara e tudo mais. “Não podia passar deste ano”. Comentou que se divertiu muito.

 

E o grande baile a fantasia que foi o Bando Anunciador deu vez para aqueles que despiram-se de preconceitos e medos e colocaram a fantasia deles mesmos. “Em anos esta é a primeira vez que vou a uma festa popular”, disse Evandro C., que abandonou este tipo de evento depois de uma retrospecção que mudou conceitos comportamentais, há cerca de 20 anos. “Vim fantasiado de mim mesmo, tentando me livrar dos fantasmas interiores. Vou conseguir”.  E caiu no frevo.

  

A irreverência apareceu com força. E não apenas nas fantasias. Uma jovem foi a porta-estandarte de um bloco que teve o sugestivo nome de “Bloco das Trepadeiras” – e parece que ela não se referia à planta.

 

A rainha do Bando Anunciador, a cantora Irá Soares, mais princesas, formaram a comissão de frente. Mas o que vinha logo atrás, era a real demonstração da força do desfile: os fantasiados que foram e serão a alma do Bando Anunciador.