Preso durante a 'Operação
Gandu/Pojuca', deflagrada conjuntamente pelo Ministério Público estadual, por
intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e
de Investigações Criminais (Gaeco), e pela Secretaria de Segurança Pública
(SSP) em abril de 2011, o delegado Madson dos Santos Barros foi demitido pelo
Estado hoje, dia 15.
A demissão decorreu de procedimento
administrativo instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil após a SSP e o MP
darem início a investigações criminais que resultaram em duas denúncias
apresentadas contra o delegado de Gandu e outros integrantes da quadrilha
acusada de “executar” Marcos José dos Santos Barbosa.
As denúncias foram ajuizadas por
promotores de Justiça do Gaeco e da Comarca de Gandu. Em uma delas, o MP acusou
o delegado e mais sete comparsas de crime de homicídio. Segundo o documento,
sob o pretexto de “diligenciar no sentido de localizar um fugitivo que estava
na cidade”, ele ordenou o assassinato de Marcos Barbosa, um homem que teve a
sua casa invadida em maio de 2009 e foi morto enquanto dormia.
Por esse crime foram denunciados também
os agentes de proteção especial da 2ª Vara da Infância e Juventude de Salvador,
Edmilson Ramalho, Ângelo Salles, João Carlos Neto, José Sérgio de Jesus e
Sérgio Ribeiro; o soldado PM Manoel Souza; e Jimi Jardim.
Como ficou constatado que o delegado
promoveu a falsificação de auto de resistência para alterar a verdade sobre o
homicídio, “acobertando o crime”, ele foi denunciado ainda por crime de
falsidade ideológica, além de formação de quadrilha, crime pelo qual também
foram denunciados os sete comparsas, além de Milton de Jesus e Vanderley.
INVETIGAÇÕES
No dia 13 de abril de 2011, o ex-delegado titular da cidade de
Gandu, Madson Santos Barros, realizada nesta quinta-feira (14) pelo Comando de Operações
Especiais (COE), encontrou diversas armas e munições em poder dos acusados.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos nove pistolas, cinco de calibre 38 e quatro de calibre 40, uma espingarda de calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos nove pistolas, cinco de calibre 38 e quatro de calibre 40, uma espingarda de calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres.
Na época, Bernardino Brito Filho, delegado-geral adjunto, disse em
entrevista coletiva que o objetivo da operação era desarticular um grupo
formado por servidores públicos e por pessoas que se passavam por policiais.
“Temos o dever de garantir a cidadania, o respeito e a paz social e não
admitiremos ações criminosas praticadas por quem quer que seja e, em especial,
por autoridades públicas”, afirmou.
Além do delegado Madson Barros foram presos no Aeroporto Luís
Eduardo Magalhães, o soldado da Polícia Militar Manoel Santos de Jesus, o
ex-carcereiro Milton de Jesus e os agentes Emilson Ferreira Ramalho, Jimi
Carlos Jardim, José Sérgio dos Santos de Jesus, João Batista Neto e Paulo César
Góes Dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário