Um
grupo de manifestantes que apoia os policiais militares em greve que se
concentram na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, entrou em confronto
com homens do Exército e policiais que cercam o local na manhã desta
segunda-feira (6).
Desde
o início do dia, cerca de 600 homens do Exército, além de 40 agentes do Comando
de Operações Táticas (COT) isolam
a área na tentativa de garantir a livre circulação e o funcionamento do Centro
Administrativo da Bahia (CAB). O isolamento da área também visa facilitar o
cumprimento pela Polícia
Federal de 11 mandados de prisão contra integrantes do movimento grevista.
A
presença dos manifestantes no local gerou conflito com os homens que fazem o
policiamento na região. Tiros de borracha chegaram a ser disparados contra o
grupo, que avançou na direção dos soldados.
Os
manifestantes passaram a se posicionar em frente ao jardim da Assembleia e a
cantar em protesto contra o policiamento.
Segundo
o coronel tenente-coronel Cunha, responsável pela área de Comunicação do
Exército, o cerco é para permitir também que funcionários da Assembleia possam
entrar no local e garantir a segurança de uma equipe que negocia com os
grevistas a pacífica desocupação do prédio. Estão na região da Assembleia
conversando com os manifestantes o secretário da Segurança do estado, Maurício
Barbosa, o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, e o general G.Dias,
comandante das forças de segurança na Bahia.
Parte
dos policiais militares da Bahia está em greve desde a noite de terça-feira
(31). Desde o início da paralisação, o número de homicídios em Salvador e
região metropolitana aumentou 129% em comparação ao mesmo período da semana
anterior. Das 21h de terça (31) até as 4h49 desta segunda, foram registrados
pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) 89 homicídios.
No
domingo foram registrados oito casos de assassinatos. Seis desses crimes foram
cometidos em bairros de Salvador: três em Valéria, um em Marechal Rondon, um em
Itinga e um em Pau da Lima. Os outros dois ocorreram em cidades vizinhas à
capital, Madre de Deus e Candeias.
Informações do G1 e Foto:
Raul Spinassé e Lucio Távora /Agência A Tarde/AE
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