“O aluno que aprende música se desenvolve significativamente melhor em outras matérias como, por exemplo, português e matemática”. A avaliação é do Gerônimo Brito, auxiliar de coordenação da Orquestra Sinfônica Infantojuvenil Princesa do Sertão, iniciativa da Secretaria de Educação que integra o Programa Música na Escola. Alunos de 12 escolas municipais participam da orquestra.
Uma orquestra sinfônica dispõe de cinco classes de instrumentos: cordas, madeiras, metais, instrumentos de percussão e de teclas. Professor dos instrumentos de corda, Nicodemos Figueiredo de Souza explica: “Os alunos têm recebido as aulas com muita alegria e praticado com muito prazer. Acredito que é muito importante para eles essa oportunidade, uma vez que as aulas promovem maior concentração, lógica e também melhor rendimento em sala de aula”.
A orquestra é umas das quatro atividades que estão sendo desenvolvidas pelo Programa Música na Escola desde setembro de 2015; além da orquestra, são desenvolvidos outros projetos: o Instrumenta, que oferece aulas de teclado, acordeom, flauta e violão; o Cantando na Escola, formação de corais; e o Música em Ação, que proporciona a formação de fanfarras com alunos.
Para o desenvolvimento das atividades, a Seduc investiu recursos próprios da ordem da ordem de R$ 700 mil reais, aplicados na compra de instrumentos e na contratação de monitores e coordenadores, escolhidos através de seleção pública para todas as áreas de atuação da iniciativa.
“Sabemos que a música é um componente importante na vida de qualquer pessoa, então, por que não oferecer aos estudantes uma formação nesta área? O Música na Escola visa oferecer aos alunos uma atividade complementar às suas formações no contraturno das aulas regulares. Ou seja, em um turno eles aprendem as matérias que fazem parte do currículo regular como português, matemática, história e geografia e, no outro, eles se dedicam a aprender algum instrumento ou têm aula de técnica vocal”, comenta a secretária de Educação, Jayana Ribeiro.
Aluno do 9º ano da Escola Municipal Eli Queiroz de Oliveira, Filipe Bispo, de 14 anos, é um dos 50 estudantes que compõe a Orquestra: “Eu já sabia tocar violão, mas aqui na orquestra eu tenho aprendido violino. São instrumentos tocados de forma bem diferente, eu gosto de praticar. Sempre quis fazer parte de uma orquestra, é um sonho meu. Costumo ficar vendo vídeos na internet das apresentações de outros grupos”.
“O ambiente escolar tem que oferecer aos estudantes um significativo aprendizado sobre a vida. Uma visão global, educativa. Então, o ensino da música e da arte em geral é uma estrutura geradora de experiências bem amplas, que permitem uma formação integral. A música especificamente amplia a memória, a coordenação motora e todas as áreas da cognição”, avalia Rosa Eugênia Vilas Boas, coordenadora do Programa Música na Escola.
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