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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Nicolle: uma bailarina de brilho especial

Nicolle
 Amar o diferente foi talvez um dos maiores deasafios que Leide Batista, 31, enfrentou nos ultimos seis anos. Com quatro meses de gestação descobriu que a filha que estava esperando nasceria com complicações de saúde. No dia 18 de fevereiro de 2011 nasceu Nicolle. A criança que hoje sonha em ser bailarina, possui Hipomelanose de Ito, uma síndrome genética rara que se manifesta apresentando alterações em todo organismo, como atraso no denvolvimento neuropsicomotor. Aos cinco anos, a menina também apresentou um problema chamado escoliose: no caso dela, um desvio de 45 graus na coluna vertebral. Problema que compromete o desempenho físico da criança.

“Eu via os filhos de outras pessoas se desenvolvendo rápido e a minha demorando para falar, para engatinhar. Então eu procurei o médico. No início, não foi fácil aceitar. Mas hoje eu sei que ela me ensina muito. A gente aprende a amar o diferente, meu irmão”, disse a mãe de Nicolle.
 
Hoje, a pequena Nicolle, é aluna de ballet do Programa Arte de Viver, no Centro de Cultura Maestro Miro. Por causa da síndrome que possui, seus movimentos são diferentes. Acompanhar os passos das colegas de sala não é uma tarefa tão fácil e permanecer de pé, após um salto ou outro que faz parte da coreografia, é um verdadeiro desafio. O mais bonito, é que Nicole dança sempre com um sorriso largo e olhando para as colegas, como se ali estivesse vivendo o real significado de felicidade.
Foi através das aulas de ballet que Nicole conseguiu desenvolver o equilíbrio. Aliado ao trabalho dos diversos profisisonais que acompanham o seu tratamento, evoluiu tanto nos últimos meses que o futuro da menina tem sido muito otimista. “Através do ballet a criança consegue compreender e desenvolver os movimentos do seu corpo. O ballet ajuda no equilíbrio, no conhecimento do corpo e dos reflexos. Nicole está superando as dificuldades muito rapidamente e tenha certeza que ela pode sim ser uma grande bailarina”, disse a pediatra Edilma Reis, que acompanha Nicolle desde os primeiros dias de vida.
 
“Quando Nicolle chegou aqui para fazer as aulas de ballet do Programa Arte de viver, eu não exerguei aquela criança como desafio, mas sim como um aprendizado. Estamos passando para ela toda a teoria do ballet e os movimentos. Para que qualquer um, ao assisti-la perceba que ela conhece os fundamentos dessa arte. Claro que no tempo dela, do jeito dela. Isso é inclusão”, disse o professor de ballet do Programa Arte de Viver, Adauto Silva. 
 
Pela primeira vez, em uma aula de ballet, realizada em agosto, Nicolle conseguiu realizar todos os movimentos sozinha. Sempre no seu tempo e de sua maneira: com um brilho especial. Fez plié, Port de Bras, sauté e permaceu graciosa, e de pé.

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