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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

APLB bloqueia acesso ao prédio da Seduc de Feira de Santana

 

Manifestação da

 De acordo com nota divulgada pela Secretaria de Comunicação, no início da tarde desta segunda-feira (14/09), “a APLB Sindicato está bloqueando o acesso à Secretaria Municipal de Educação desde as 9:00 desta segunda. Conforme a nota, ninguém entra ou sai do prédio, localizado à avenida Senhor dos Passos, 197, no centro”.

Ainda conforme a nota, “a medida radical, já que impede o direito constitucional de ir e vir de qualquer cidadão, dificulta também o diálogo entre os professores da Rede Municipal de Educação e o governo que vem ao longo das últimas semanas aguardando uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia a respeito do pagamento de horas extras durante o período da pandemia pela Covid-19. A atitude dificulta ainda a distribuição dos kits de alimentos aos estudantes, prevista para ter início esta segunda-feira”.
 
Como consequência do contágio pelo coronavírus, os professores estão sem trabalhar desde o dia 18 de março.
Imbróglio na justiça
Não houve corte de salários dos professores. Aqueles que estão com vencimentos menores desde o início da pandemia cumpriam horários extras de classe e, como não há aulas neste período, a Administração Municipal entende que não pode efetuar o pagamento apenas desses proventos.
 
Em recente decisão, publicada no último dia 21 de agosto, o Tribunal de Justiça derrubou a liminar que obrigava o pagamento das horas extras e também do deslocamento – vantagem aplicada apenas aos professores que atuam na zona rural. A decisão do TJBA considera o risco de grave lesão à ordem e à economia públicas.
Com o pagamento, a Prefeitura teria um custo mensal de R$ 2.476.769,69 (dois milhões e quatrocentos e setenta e seis mil e setecentos e sessenta e nove reais e sessenta e nove centavos). No entendimento da Procuradoria do município, “a situação apresenta a potencial possiblidade de violar a ordem econômica municipal, o que pode ser comprovado facilmente nos relatórios de gastos referentes às gratificações de aulas extraordinárias e adicionais de deslocamento”.
 
O procurador do município, Carlos Alberto Moura Pinho, esclarece que “a questão está sub judice e, portanto, a Prefeitura de Feira de Santana aguarda a decisão do mérito da ação pelo próprio Tribunal de Justiça que anteriormente determinou a suspensão de limitar que, por sua vez, obrigava a Prefeitura a efetuar o pagamento”.
 
O secretário de Educação, Justiniano França, destaca que o governo municipal continua considerando prioridade o diálogo com os professores, mas vê com preocupação as medidas radicais adotadas por uma parte do grupo. Neste exato momento (14:00), o secretário se reúne com uma comissão de professores.
 
Informações da Secretaria de Comunicação de Feirad e Santana 

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