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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Paciente de AVC aos 83 anos, dona Noélia evolui com Serviço de Atenção Domiciliar


Dona Noélia Cerqueira Maciel, de 83 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e há cerca de dois anos convive com as sequelas da doença. Desde março de 2017, ela tem recebido os cuidados de uma equipe de multiprofissionais da Secretaria Municipal de Saúde. Através do Serviço de Atenção Domiciliar (Sad), dona Noélia tem apresentado evolução clínica: de acamada já consegue dar alguns passos com o auxílio da equipe de saúde.

Caminhar até a janela de sua residência para o banho de sol pode parecer um gesto simples, porém é de grande significância para a aposentada e para quem a acompanha. “Dona Noélia não aguentava ficar sentada. Ela já consegue andar apoiada e tem superado a dificuldade no falar, apresentando discurso coerente e lúcido, e melhorou sua autoestima. Nos recebe com risos e nos reconhece pelo nome. São conquistas que deixa toda a equipe feliz", comenta a enfermeira referência técnica, Mirella Ribeiro.

Desde que foi implantado no município há três anos, o Serviço de Atenção Domiciliar (Sad) assistiu 142 pacientes. Atualmente 29 pessoas estão sendo acompanhadas. O atendimento é assegurado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Atenção Básica, a pessoas que apresentam dificuldades ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde. Atende de crianças a idosos.

Para solicitar o serviço, a demanda pode ser espontânea ou o paciente é encaminhado através da unidade de saúde. A base do Sad funciona na rua Barão do Rio Branco, número 1.054, Centro.

Equipe de atendimento tem oito profissionais


Uma vez na semana, a equipe do Sad vai até a residência de dona Noélia. Além do fisioterapeuta, que tem feito a estimulação no lado esquerdo do corpo da paciente, como o abrir e fechar da mão e o movimento dos dedos, a equipe inclui médico, fonoaudiólogo, nutricionista, enfermeiro, técnicas de enfermagem e assistente social. “O nosso objetivo é ofertar a ela uma melhor qualidade de vida”, afirma o fisioterapeuta João Batista Amaro.

Família festeja evolução no quadro


Adriana Mascarenhas, filha da aposentada, também comemora as conquistas da mãe. "Graças a Deus ela está sendo bem assistida em casa”. Além do trabalho dos profissionais de saúde, são disponibilizados pela Secretaria de Saúde os medicamentos e fraudas para a paciente.

Desospitalização, a principal meta do programa


O programa busca promover a autonomia do paciente, a integração familiar e, sobretudo, a desospitalização. Desta forma, contribuiu para a evolução do seu quadro clínico”, afirma a enfermeira Mirella Ribeiro.
São pacientes que requerem maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, a exemplo de portadores de sequelas por conta de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), como disfagia (dificuldade na deglutição) e afásica (não falam); crianças portadoras de paralisia cerebral e adultos acometidos por trauma raquimedular – vítimas de arma de fogo ou quem sofreu uma queda e ficou tetraplégico. A equipe atua também na reabilitação de pacientes desnutridos ou com obesidade e oferta ventilação mecânica.

De acordo com a enfermeira, são pacientes com maior complexidade e que apresentam dificuldade de locomover-se até a unidade de saúde. “Outro pré-requisito para receber a assistência da equipe do Sad é a presença de um cuidador, que pode ser alguém da família ou não. Esta pessoa é treinada e orientada pela equipe para dar sequência ao tratamento”, acrescenta.

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