“Minha autoestima melhorou muito com os resultados do tratamento”. A declaração do autônomo Dalion dos Santos, que vive em Feira de Santana e é portador de doença falciforme, tem uma importância maior do que se possa imaginar. Seu exemplo deve servir de estímulo para que outras pessoas, em convivência com a doença, venham a buscar assistência e também possam, como ele, observar avanços.
Dalion é um dos cerca de 450 cidadãos cadastrados no Centro de Referência Municipal à Pessoa com Doença Falciforme, da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Feira de Santana. Ele foi diagnosticado há 5 anos. Afirma que vem conseguindo evoluir bem a partir da assistência que buscou na rede pública de saúde.
No início do tratamento, apresentava-se com baixo peso, 40 kg, aos 25 anos. “Tive acompanhamento de toda a equipe, melhorei a alimentação, consegui normalizar o peso e estou com 58kg, além de diminuir bastante as dores”, comemora.
A doença lhe causou um desgaste nos ossos, necessitando de uma intervenção cirúrgica para colocação de prótese no quadril, o que o limitou por algum tempo a andar com auxílio de muletas. Mas também nesse caso ele evoluiu, dedicando-se as sessões de fisioterapia. “Após 15 dias de acompanhamento com a fisioterapeuta comecei a ver os resultados. A equipe aqui sempre me recebe muito bem, e eu tenho tido mais disposição no dia a dia”, relata.
Mais de 6 mil atendimentos em 2017, para cerca de 450 pessoas cadastradas
Cerca de 450 pessoas são cadastradas para tratamento no Centro de Referência Municipal à Pessoa com Doença Falciforme. Infelizmente, Segundo Luciana Brito (foto), referência técnica no órgão, muita gente ainda não possui o conhecimento do que é realmente a doença. “Ao chegar aqui, a gente oferece toda assistência profissional, medicamentosa e vacinal, além da orientação”.
Somente em 2017 foram realizados 6.475 atendimentos, que incluem consultas com profissionais médicos especialista, enfermeiro, hematologista, neuropediatra, fisioterapeuta, nutricionista e serviço social.
A doença falciforme é caracterizada pela alteração genética da hemoglobina. O problema pode causar fortes dores ósseas, derrames cerebrais e úlceras de difícil cicatrização. Segundo a referência técnica, Luciana Brito, a doença ainda é desconhecida por boa parte das pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário