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terça-feira, 8 de maio de 2018

Mulheres deixam a enxada e agora produzem e comercializam alimentos


Mulheres que vivem na zona rural de Feira de Santana estão trocando o trabalho pesado com a enxada pela produção de alimentos na cozinha industrial. A mudança, bem avaliada por elas, é proporcionada pelo projeto de economia popular solidária Feira Produtiva, desenvolvido pelo Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso).
É o que acontece com algumas agricultoras do povoado do Caroá, no distrito Governador João Durval. Elas estão trocando as incertezas da produção agrícola, debaixo do sol escaldante e constantes perdas de safras, pela fabricação de sequilhos, biscoitos e doces. 
A iniciativa já conta com a parceria de sete mulheres, capacitadas pelo Feira Produtiva para a produção industrial dos alimentos com todas as técnicas que garantem a higiene e qualidade dos alimentos, formação de preço justo e comercialização. 
E o sucesso é tanto que as produtoras cooperadas estão esticando os horários de trabalho para atender à demanda de solicitações de produção. Fornecem os alimentos para alimentação de alunos nas escolas da rede municipal, abastecem mercados e também comercializam seus produtos na Loja Solidária, na praça do Tropeiro.
“Está mil vezes melhor”
Desde janeiro envolvida no projeto, Rita Aparecida dos Santos (foto) comemora o sucesso do empreendimento. “Hoje está mil vezes melhor do que o trabalho com enxada. Na cozinha é um trabalho mais descansado, longe do sol. E melhora a nossa situação financeira”. 
Mudança “alimenta sonhos”
A mesma perspectiva é de Railda Adorno Pereira Conceição (foto). “Eu trabalhava na roça, na agricultura, e nem sempre dava resultado por causa da seca. Agora trabalho produzindo sequilhos, bolos e bolachas, alimentando sonhos de termos uma vida bem melhor e nos desenvolver”, afirmou.
Renda para pessoas de baixo poder aquisitivo
O secretário de Desenvolvimento Social de Feira de Santana, sociólogo Ildes Ferreira, ressalta a importância da iniciativa exitosa. Para ele, a maior satisfação do Feira Produtiva é garantir alternativa viável de geração de trabalho e renda independente para pessoas de baixo poder aquisitivo, transformando vidas.
Estrutura completa montada em cooperativa
Para garantir a produção, a Desenvolvimento Social de Feira de Santana montou toda estrutura de uma cozinha industrial, com fogão, freezer, doceira e mesa em aço inoxidável, nas instalações da unidade da Cooperlago, a Cooperativa dos Agricultores e Pescadores de Pedra do Cavalo. 
Mais 11 grupos estão sendo preparados
O coordenador do projeto, João Bosco da Silva (foto) explica que o Feira Produtiva já vem atuando com 28 grupos e outros 11 já estão sendo preparados para receberem equipamentos até final deste ano. A iniciativa funciona nas áreas de floricultura, artesanato, reciclagem e alimentação, além da área de estética que entrará em funcionamento em breve.


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