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terça-feira, 8 de maio de 2018

Manter o Chorinho na terra do axé é desafio, diz um dos fundadores de grupo feirense


“É um desafio”, diz João Dias (foto), o Didi, um dos fundadores do grupo Chorinho e Samba entre Amigos, de Feira de Santana sobre manter um trabalho musical que viveu o seu apogeu há várias décadas, especialmente em uma cidade baiana dominada pelo axé, pagode, arrocha, entre outros ritmos.
“Mas não podemos deixar morrer essa cultura tão linda, porque o chorinho é, antes de qualquer coisa, uma cultura brasileira”, afirma, determinado a seguir adiante. O chorinho surgiu no Rio de Janeiro em meados de 1870. É um gênero de música popular e instrumental brasileira.
No sábado, 4, o grupo se apresentou no Mercado de Arte Popular, no centro da cidade, em uma promoção da Prefeitura de Feira de Santana, através da Fundação Cultural Egberto Costa, órgão vinculado a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer. 
O show faz parte de um projeto da Fundação de estimular a cena cultural e proporcionar lazer para os feirenses amantes da boa música. No mês de abril, a atração foi Ensaios de Micareta, com o cantor Djalma Ferreira e seus convidados. O horário do almoço, aos sábados, é uma escolha estratégica.
É uma luta prazerosa, diz cantora
Maura Araújo é a cantora do grupo Chorinho e Samba entre Amigos. Ela destaca a batalha árdua de quem trabalha com estilos pouco difundidos na Bahia, como o chorinho. “Mas acaba sendo uma luta prazerosa, porque fazemos com amor”, salienta.
Amigos criaram grupo após fechamento de bar
Formado há 16 anos, o grupo Chorinho e Samba entre Amigos tem sete componentes fixos. Entre eles o gaúcho Laerte Costa (foto). “Havia um grupo de amigos que se apresentava em um bar, tocando samba. O estabelecimento fechou e então veio a ideia de incorporar o chorinho ao repertório e profissionalizar o grupo. Queríamos oferecer uma novidade que nos distinguisse dos demais grupos de samba existentes”, explica.
Estudante não conhecia, gostou e dançou
A estudante Mirella Bonfim (foto) foi ao Mercado de Arte Popular de Feira de Santana no sábado, 05, em busca de diversão. Acompanhada da amiga Carla Oliveira queria dançar. Surpreendeu-se quando soube que a atração musical do dia seria um grupo de chorinho. “Mas o que é chorinho? Dá pra dançar?”, perguntou ao repórter. Devidamente informada, Mirella resolveu esperar a apresentação do grupo de Chorinho e Samba Entre Amigos. Não se arrependeu. “Gostei. Não conhecia, mas dá pra dançar legal”.
Mecânico diz que música de qualidade fez bem
Na apresentação no Mercado de Arte o grupo conseguiu agradar em cheio, mesmo a ouvidos acostumados a estilos musicais menos refinados. “Eu gosto mais do arrocha romântico, mas ouvir música de qualidade faz bem em qualquer situação”, diz o mecânico Aroldo Sena.


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