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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Paciente de chikungunya crônica sente menos dor, com acupuntura


Toda manhã de sexta-feira a rotina é a mesma para aposentada Lucília Carvalho (foto), 59 anos, acordar cedo e ir ao auditório Dr. João Batista Cerqueira, na Secretaria Municipal de Saúde, onde participa de sessões de acupuntura. A paciente que tem Chikungunya crônica, caracterizada pela falta de melhora com remédios, é acompanhada pelo serviço municipal há três anos.
“Com a acupuntura eu sou outra pessoa. Antes de começar a participar das sessões, eu sentia muitas dores no corpo, meus pés inchavam, e agora com a acupuntura me sinto bem melhor. Vi resultado no primeiro dia de tratamento”, relata a aposentada, que diz ter melhora até no sono.
Pacientes melhoram significativamente, afirma médica
A médica acupunturista e clínica da dor, Arabi Xinguara (foto), responsável por realizar o procedimento nos pacientes com Chikungunya crônica, aponta a evolução de Lucília Carvalho. “Ela é acompanhada desde o início do programa. Lembro bem quando chegou aqui com edema de punho, joelho e sola do pé, houve uma melhora significativa”, afirma.
Entre os pontos positivos do tratamento está a redução na quantidade de remédios usados pelos pacientes. Segundo Arabi Xinguara, “os anti-inflamatórios são medicamentos fortes e podem afetar outros órgãos, então a acupuntura diminui a dor e por causa disso a quantidade de remédios também é reduzida.
Idosos são os que mais procuram o tratamento
Ela ainda relata que a busca pelo tratamento é liderada pelos idosos. “O programa atende, em sua maioria, idosos porque são os que mais desenvolvem a Chikungunya crônica. Os remédios não têm tanta eficiência e a alternativa é acupuntura”, afirma.
Por se tratar de uma doença recente, a médica realizou estudos específicos para eleger os melhores pontos a serem trabalhados com os pacientes. “Durante minha pesquisa encontrei 10 pontos que alcançam o corpo todo, e os pacientes confirmaram a melhora nas dores”, informa.
A Chikungunya é uma doença proveniente da picada do Aedes Aegypti, e a melhor maneira de evita-la é impedindo a proliferação do mosquito, através de medidas simples, como não deixar água parada. Conhecendo bem as consequências, a paciente Lucília Carvalho, relata que fica atenta a locais que possam servir como criadouro do mosquito. “Meu cuidado dobrou em relação a água parada, mas eu queria que o cuidado de outras pessoas fossem o mesmo”, ressalta.

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