Habitação Rural
|
"Tá mais pra lá do que pra cá", explica a agricultora Joana dos Santos Silva sobre o estágio da construção da casa dela. "Cada colher de massa de cimento colocada e cada bloco fixado eu assistia a construção do meu sonho", define a também agricultora Maria Nilza Azevedo Souza. Ambas moram na Terra Nova, distrito de Bonfim de Feira e foram contempladas com uma casa pelo PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural).
A casa de Joana já está em ponto de acabamento. “Uma casa desta é uma bênção para quem é fraco (pobre) e não tem condições para enfrentar uma construção dessa”. Além de outros familiares, uma filha e três netos moram com ela. A de Maria Nilza, que com marido e filhos moram com a mãe, está ganhando a cobertura. Ambas serão rebocadas dentro de mais alguns dias.
A dona de casa Maria Ingraça disse estar muito contente com a casa nova, que vai ocupar dentro de mais algumas semanas. “É uma alegria tão grande que a gente não consegue explicar, porque para a gente mais pobre é muito difícil construir uma casa”. A contrapartida do agricultor corresponderá a 4% do valor do imóvel – cerca de R$ 34 mil, com pagamento anual – serão quatro prestações, pouco mais de mil reais.
Em Bomfim de Feira, 19 famílias foram beneficiadas pelo programa, que é destinado a agricultores familiares. As casas teem 48 metros quadrados de área construída – sala, quartos, sanitário e cozinha e são viabilizadas pelos bancos oficiais – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Mas, o agricultor não deve apresentar nenhum tipo restrição cadastral.
As avaliações realizadas pelas instituições financeiras são extremamente exigentes, diz a diretora do Departamento de Desenvolvimento Rural, Mirella Carvalhal. “Com a Receita Federal, estes bancos cruzam todas as informações sobre os agricultores. Qualquer problema foram das normas, as propostas são recusadas”. Neste grupo foram encaminhadas cem propostas, mas apenas 19 foram aprovadas.
Os recursos são repassados para a ONG IMMELI, entidade organizadora, de acordo com a lei do benefício, através da Prefeitura de Feira de Santana e da Secretaria de Agricultura, cadastrou os interessados em participar do programa, espécie de MCMV rural. Deverão apresentar DAP (Declaração de Aptidão de Agricultor Familiar para o Pronaf), documentos pessoais e não apresentar restrição cadastral.
Também estive na zona rural o chefe da Divisão de Produção Animal, Cristiano Estrela, mais o administrador geral do distrito, Fábio Silva Santos.
Foto: Abnner Kaique
Nenhum comentário:
Postar um comentário