A Secretaria Municipal de Educação esclarece que são falsos os números apresentados pela reportagem do Jornal A Tarde, com o título “Dados do Inep apontam erros e exageros na Educação em Feira de Santana”, divulgada no último dia 5/09/2020.
Quanto ao questionamento do jornal que não encontrou no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Inep, o Ideb de 120 escolas da Rede Municipal de Educação – de um total de 206 unidades de ensino, a secretaria de Educação de Feira de Santana reforça que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica é calculado pelo próprio Inep a cada dois anos e divulgado pelo Ministério da Educação.
A referida reportagem cita o número de 8.400 funcionários que estariam lotados em 80 escolas municipais, quando na verdade o número real é de 1.639 – dos setores administrativo e de apoio. Já o número de professores efetivos é de 2.258. Eles atuam nas 206 escolas da Rede Municipal de Educação.
De acordo com o Censo Escolar 2020, a matrícula da Escola Municipal Professor José Raimundo Pereira de Azevedo, antigo Caic, localizado no bairro Feira VII, é de 1.025 alunos enquanto a reportagem do A Tarde cita para a mesma escola a matrícula de 789 estudantes. A mesma escola teria 268 funcionários, quando na verdade o número de servidores que nela atuam é de 92, dos quais 36 são professores.
Também no site do Inep é possível consultar normalmente a matrícula de 394 alunos da Escola Municipal Parque Brasil que, de acordo com a versão do jornal, seria de 532 alunos. Esta unidade de ensino localizada no bairro Conceição conta com um total de 23 funcionários, destes, 13 são professores: números bem distantes daquele apresentado pelo jornal, 221, que parece ter sido fabricado.
Da mesma forma não batem os números listados para a Escola Maria da Glória Carvalho Bahia – 225 alunos no site do Inep, 137 segundo o Jornal A Tarde. O número real de servidores desta unidade de ensino é 18, dos quais 8 são professores – enquanto o periódico atribui à escola 88 funcionários.
A matéria também cita 146 funcionários e 21 professores que trabalhariam na Escola Municipal Clóvis Ramos Lima, onde estariam matriculados 375 estudantes. O número verdadeiro é 50 funcionários, destes 24 são professores. E o número de alunos é 521.
Por fim, são também inverídicas as informações da Escola Municipal Chico Mendes – 288 funcionários e 43 professores para 662 alunos, lista o A Tarde. Os dados, de acordo com o Inep, são: 59 funcionários, dos quais 33 são professores, para 707 estudantes.
Quando menciona o Ideb, por exemplo, o Jornal A Tarde ignora que a Prova Brasil, um dos componentes que incidem no índice, é feita por um grupo de escolas, principalmente aquelas que tem matrícula superior a 20 estudantes no 5º ano do Ensino Fundamental.
Veja as explicações do MEC: “Como o objetivo da prova é avaliar os sistemas de educação (município, estado, país) não há necessidade de todas as escolas serem avaliadas. Por uma questão de logística e custos, nas diferentes edições da Prova Brasil algumas escolas e seus alunos não participaram. Além disso, a participação não é obrigatória.”
No que diz respeito ao resultado do último Ideb para a Rede Municipal de Educação (avaliação feita em 2017 e divulgada em 2019), as escolas ficaram com nota 4,4 nas séries iniciais do Ensino Fundamental – do 1º ao 5º ano, faltando apenas um décimo para atingir a meta projetada pelo Ministério da Educação, 4,5. A projeção considera que as escolas públicas vão evoluindo gradativamente e o próprio Mec estabelece uma meta a ser alcançada a cada biênio.
Nos últimos cinco anos, o Ideb da Rede Municipal subiu de 3,4, em 2013, para 4,0, em 2015; e para 4,4 em 2017. Isto garante ao conjunto das escolas um avanço sempre superior ao índice médio esperado para cada biênio – que é de 0,3.
No último exame, 80 escolas da Rede foram avaliadas - destas, 66 tiveram aumento em comparação ao índice anterior; 40 ficaram acima da meta esperada e três atingiram a nota esperada. Oito ficaram com o mesmo índice e seis escolas regrediram.
O Ideb é o principal indicador da qualidade da educação básica no Brasil. É calculado com base nos resultados das provas de português e matemática aplicadas a cada dois anos e no fluxo escolar – taxa de aprovação, reprovação e ainda abandono dos estudantes.
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