Além de uma pistola, Lázaro Barbosa Sousa, morto na manhã desta segunda-feira após um confronto com policiais que há 20 dias tentavam localizá-lo, estava com cerca de R$ 4,4 mil no bolso. O dinheiro, para o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, seria usado numa fuga do "estado ou até do país":
— Isso é mais uma prova de que tinha gente acobertando ele e dificultando o trabalho das forças policiais. Possivelmente ele planejava fugir. Mas o esforço de todas as forças impediu que ele ou fugisse ou continuasse a cometer outros crimes. O indicativo do dinheiro no bolso certamente era de que ele estava querendo sair ou do estado ou até do país.
A declaração foi feita numa entrevista coletiva. Rodney comentou ainda sobre uma possível rede de pessoas que teriam dado cobertura a Lázaro durante a fuga na área rural dos municípios de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Foi nessa segunda cidade que, segundo o secretário, ao ser abordado, Lázaro disparou contra os agentes, dando início ao confronto:
— Temos filmagens que vamos mostrar para vocês: ele estava armado. Ele foi para o mato, fizemos o cerco. Ele tentou fugir do cerco e confrontou a equipe do major Edson. Um trabalho coletivo e, graças a Deus, nenhum policial foi ferido. Ele, na hora da abordagem, descarregou a pistola em cima dos policiais. E não tivemos outra alternativa senão revidar.
Lázaro teria feito ainda ameaças aos policiais quando foi visto em Águas Lindas, onde teria ido à casa da ex-sogra e da ex-mulher.
— Ele foi para buscar, para encontrar com elas. Nós estávamos monitorando. Tentamos ali já pegá-lo. Ele chegou a ameaçar alguns policiais dizendo que se entrassem na mata atrás dele, ele daria tiro na cara. Fizemos o cerco prudentemente, tecnicamente — relatou Rodney.
O secretário afirmou ainda que, ao ser colocado na ambulância, Lázaro estava vivo.— Ele foi conduzido com vida mas chegou no hospital e foi a óbito — disse.
Lázaro em maca no hospital vestido com jaqueta da PM de Goiás
De acordo com ele, o criminoso vinha recebendo apoio: — Estava trocando de roupa mais uma vez: mais uma prova que tiinha uma rede que o acobertava. E essa questão de ele querer fugir também, patrocinado logicamente, mostra que tinha gente não interessada na prisão dele.
A investigação para tentar identificar cúmplices de Lázaro continuará — a polícia acredita que ele possa ter tido ajuda em sete ou oito crimes de latrocínio e assassinato. A ex-sogra e a ex-mulher do criminoso prestam depoimento e, de acordo com o secretário, podem ser indiciadas por facilitação de fuga, disse Rodney.
O corpo de Lázaro foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Goiânia, onde passará por uma necrópsia.
Informações do Extra 24 Horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário