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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Secretaria de Saúde em alerta para subnotificação de doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

 

População não está procurando unidades de saúde para registrar sintomas suspeitos das arboviroses

A Secretaria Municipal de Saúde está em alerta para a redução no número de casos notificados de arboviroses – doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. De janeiro até o dia 8 de abril deste ano, foram notificados 156 casos suspeitos de dengue, 52 de Chikungunya e 3 de Zika. Desses, 24 foram confirmados para a dengue, 12 para Chikungunya e 1 para Zika.

No mesmo período do ano passado, foram 50 casos confirmados para as três doenças. No entanto, o que deveria ser motivo de comemoração é visto com preocupação. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Carlita Correia, pode estar ocorrendo uma subnotificação dos casos em Feira de Santana, pois a população não está buscando os serviços de saúde para relatar sintomas dessas doenças, reflexo da pandemia da Covid-19.

“A pessoa sente os sintomas das arboviroses e, sozinha, atribui ao coronavírus, não procurando os serviços de saúde. A gente destaca que a notificação é de suma importância para promover ações de bloqueio da cadeia de transmissão das doenças nas regiões com o maior número de casos”.

No ano de 2021, o pico de notificações para dengue e Chikungunya ocorreu no mês de maio, período em que é esperado um aumento no número de casos. Este ano, no mês de janeiro, foi registrado o maior número de casos notificados para ambos os agravos. Contudo, em fevereiro, não apresentou o mesmo comportamento.

O Centro Municipal de Referência em Endemias é o responsável pelas operações de controle do mosquito Aedes Aegypti, trabalho que é realizado diariamente, inclusive nos finais de semana. A recomendação da Vigilância Epidemiológica é que, ao visitar as residências, os agentes orientem os moradores a manter os recipientes secos, sem água parada e evitar que deixem tanques de água descobertos.

Durante as visitas, os agentes fazem o bloqueio da cadeia de transmissão do mosquito e realizam o trabalho perifocal, junto a aplicação de larvicida em água parada. Além disso, os profissionais são orientados a ficar atentos aos casos suspeitos, de maneira a ofertar o cuidado à saúde do paciente e a notificação para a vigilância epidemiológica em tempo oportuno.

Pessoas que sentem febre, dores nas articulações, náuseas/vômito, dor nos olhos e manchas no corpo, devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa. No local será feita a avaliação, medicação e encaminhamentos – se necessário.

BAIRROS COM MAIOR NÚMERO DE CASOS

Os bairros com maior número de casos notificados da dengue foram Campo Limpo (09), George Américo (05), Jardim Cruzeiro (04), Rua Nova (04), Tomba (03), Centro (02), Sim (02), Mangabeira (02), Parque Ipê (02), Queimadinha (02), Calumbi (02), Limoeiro (02), Nova Esperança (02), Parque Panorama (02), Brasília (02), Pedra do Descaso (02), Conceição II (02) e Sobradinho (02). Os distritos com maior número de casos foram Humildes (15), seguido de Maria Quitéria/São José (06) e Matinha (03).

Em relação a Chikugunya, os bairros com maior número de casos notificados foram Jardim Cruzeiro (02), Eucalipto (02), Limoeiro (02), Mangabeira (02), Baraúnas (02), Campo Limpo (02), Campo do Gado Velho (02) e Asa Branca (02). E os distritos que apresentaram casos foram Humildes (14), Maria Quitéria (02) e Jaguara (02).

No mesmo período, foi notificado um caso de Zika no bairro Muchila, e dois casos nos distritos de Humildes (01) e Governador João Durval Carneiro/Ipuaçu (01).

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