Pacientes com quadros graves e complexos são estabilizados enquanto aguardam regulação
Em Feira de Santana, as sete policlínicas municipais oferecem atendimentos ambulatoriais de urgência e emergência para crianças e adultos. Já nas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além desses serviços, também ofertam assistência de média e alta complexidade a casos leves e graves – exceto politraumatismo.
De 1º de janeiro deste ano até esta segunda-feira, 9, juntas, as policlínicas e UPAs registraram 100.836 atendimentos.
Segundo a coordenadora geral das policlínicas e UPAs da Secretaria Municipal de Saúde, Vera Lúcia Galindo, todas as unidades funcionam ininterruptamente, 24 horas por dia. No entanto, atualmente a principal dificuldade é a transferência dos pacientes mais graves por meio do Sistema de Regulação do Governo do Estado.
De acordo com a coordenadora, o paciente fica em média 4 a 35 dias nas policlínicas e UPAs, onde o atendimento é restrito aos primeiros socorros e estabilização até a transferência. A demora sobrecarrega o sistema de saúde municipal fazendo com que as unidades fiquem lotadas.
“Todos os esforços são feitos pela equipe de saúde, na tentativa de conseguir uma vaga. Exames de alta complexibilidade, laboratoriais ou de imagem são realizados para atualizar de forma minuciosa, diariamente, os relatórios para a regulação, direcionando os casos de acordo sua complexidade. Infelizmente, devido a espera exaustiva, muitos chegam a falecer sem a transferência”, afirma.
Atualmente, no município, 30 pacientes aguardam por transferência para uma unidade hospitalar. Na policlínica de Humildes, um idoso de 71 anos, com quadro de hepatite viral crônica e pancreatite espera há 28 dias. Já na UPA Mangabeira, uma idosa de 72 anos, hipertensa e diabética, espera por vaga há 14 dias para tratar pneumonia.
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