Testes do HIV
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Depois do Outubro Rosa, para as mulheres, e o Novembro Azul, para os homens, agora, até o final do mês, acontece o Dezembro Vermelho, que tem como foco alertar as pessoas de ambos os sexos sobre o vírus HIV (sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana), que provoca a aids – estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. Neste período serão realizadas as chamadas “Rondas da Testagem”, quando as pessoas poderão se submeter ao teste rápido, com resultado em 15 minutos.
Este serviço começou a ser prestado nesta segunda-feira, 1º de dezembro, para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, no Centro de Saúde Especializado Dr. Leone Leda. No dia 4, os exames serão feitos na policlínica do Tomba, dia 8, na policlínica do Parque Ipê, dia 11, na unidade de Humildes, dia 12, na Rua Nova,dia 18, na policlínica do Feira X, dia 19 na UPA 24 da Mangabeira e no dia 22 na policlínica do George Américo.
Na manhã desta segunda-feira, mais de 30 pessoas fizeram o teste rápido – nenhum caso positivo à doença. M.A.R. disse que rotineiramente faz o teste. “É a única maneira de a gente saber se está tudo bem com a nossa saúde. E creio que todas as pessoas deveriam fazer o mesmo”. Em poucos minutos soube o resultado: negativo.
De acordo com Vanessa Sampaio, que é coordenado o Programa Municipal DST/HIV/aids, a pessoa que estiver em dúvidas – caso tenha tido uma relação sexual sem a devida proteção, deve fazer o teste. “É rápido e confidencial”. Diz que quanto mais cedo a doença for descoberta, mais rápido inicia-se o tratamento, que é totalmente gratuito. “Problema é o HIV virar aids, com suas doenças oportunistas”.
Em Feira de Santana 1.656 pessoas estão em tratamento contra a doença. Como no restante do país, no município a maior parte dos portadores do vírus é formada por jovens – o comportamento deste segmento mostra que eles perderam o medo de contrair o vírus, que é letal, mas que com tratamento pode-se viver sem que ele se manifeste durante décadas.
Idosos, com a popularização dos medicamentos que facilitam a ereção, também aparecem com destaque nas estatísticas. Neste caso, diz Vanessa Sampaio, o problema é cultural. “É uma geração que desconhece o uso da camisinha”.
Outro ponto mostrado pela estatística é o crescimento do número de mulheres contaminadas. Pouco tempo depois da descoberta do HIV, a relação era de uma mulher para 16 homens contaminados. Agora, é de duas pessoas do sexo masculino para uma do sexo feminino. Elas são vitimadas pelo machismo de namorados e maridos, que não atendem aos seus apelos para que usem camisinha nas suas relações sexuais.
Em outubro as autoridades do setor da saúde se voltam à conscientização das mulheres contra o câncer de mama e em novembro, o foco são os homens, que são informados sobre o câncer da próstata – ambas as doenças são as que mais matam, mas perfeitamente tratáveis quando descobertas no seu início.
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