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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Intervenção de socorrista leigo em casos de parada cardíaca é fundamental, diz médico do SAMU



Palestra
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) proferiu uma aula sobre Suporte Básico de Vida, que se estende do socorrista leigo até o serviço prestado pelo órgão e o próprio atendimento intra-hospitalar. O evento foi realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, na noite desta quarta-feira, 15.

O palestrante Lucio Couto, médico intensivista do SAMU, afirmou que os conhecimentos básicos relacionados à saúde não deveriam ser tão restritos aos profissionais da área. As chances de sobrevivência de uma pessoa que sofre uma parada cardíaca em um local público, por exemplo, serão muito maiores quando ela receber os primeiros socorros instantaneamente. E qualquer pessoa deve estar apta a realizar estes procedimentos básicos.

O atendimento a esta pessoa se dará dentro de uma Corrente de Sobrevivência. As primeiras etapas, que correspondem ao trabalho do socorrista leigo (pessoa que não domina conteúdos medicinais e se depara com esta situação), são as mais importantes, segundo Lucio. “É fundamental. É a abertura do processo. E deveria ter incentivo de políticas de governo para capacitação da população. Não adianta uma ambulância ter os melhores equipamentos se a pessoa não está tendo o atendimento primário durante o tempo de deslocamento”, afirma.
 
O socorrista leigo, primeiramente, deve fazer o reconhecimento da situação e imediatamente acionar o SAMU. Logo após, entra a compressão torácica (massagem cardíaca), fator determinante. Esta deve ser feita de maneira correta: forte e rápida. A pressão deve ser feita no meio do tórax e não ao lado (em cima do coração), numa frequência entre 100 e 120 batimentos por minuto, sempre permitindo o retorno do tórax para a posição normal, sem dobrar o braço para evitar o cansaço, movimentando o tronco para exercer pressão. A profundidade da compressão deve ser de 5 ou 6 cm e em tempos similares aos do relaxamento do tórax, minimizando as interrupções.

Há também a estratégia de aplicação de compressão torácica juntamente às ventilações (respiração boca a boca, ou com tubo, etc.), realizado por duas pessoas. No caso da respiração boca a boca, o procedimento deve ser realizado em 5 sessões de 30 compressões e 2 ventilações (realizadas após a massagem, sem necessidade de um sopro longo e forte). Para manter a eficiência do processo, os dois socorristas devem revezar as funções ao fim das 5 sessões. O trabalho deve ser contínuo até a chegada da equipe. No caso do uso do tubo de ventilação, não há necessidade de interromper as compressões. O correto seria uma ventilada a cada 6 segundos.
 
Uma vez que pessoas leigas geralmente têm dificuldade e receio quanto à realização da ventilação, realizar apenas as compressões pode ser uma estratégia mais simples e aceitável. As próximas etapas correspondem ao uso do DEA, ainda correspondente à pessoa comum. Equipamento de rápida desfribilação que deve ser disponibilizado em estabelecimentos como shoppings, por exemplo, e informa se há ou não a necessidade de dar um choque na pessoa que sofreu a parada cardíaca. As outras etapas dizem respeito ao próprio SAMU e ao atendimento intra-hospitalar.

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