Foi um reencontro após 12 anos. A saudade era imensa entre ambas as partes. Mas Fagner e o público de Feira de Santana não somente mataram esse sentimento, como retomaram uma cognação que pareceu nunca ter sido interrompida. O cantor cearense promoveu um show que ficou marcado na história do Natal Encantado, evento que este ano chegou a sua quinta edição.
Como não podia ser diferente, a Praça Padre Ovídio esteve completamente lotada na noite desta quinta-feira, 21. Em mais de uma hora de apresentação, Raimundo Fagner trouxe no repertório todos os seus grandes sucessos. Fagner e os feirenses vivenciaram todos estágios comuns de um reencontro: maravilhamento, alegria, nostalgia e satisfação.
A reação do público nos primeiros acordes da canção “Madalena”, escolhida para abrir o show, logo evidenciou o clima que estava por vir até o final da apresentação. Após a primeira música, o cantor desabafou: “Eu tava com uma saudade danada. 12 anos sem vim aqui. Pensei que vocês tinham esquecido de mim”. A conduta da plateia mostrou que o sentimento era recíproco, e que quando a relação é de afeto, impossível esquecer.
A tréplica foi com uma dedicatória: “Essa é para Feira”, disparou Fagner, antes de cantar “Espumas ao Vento”, um dos seus clássicos. Esta e praticamente todas as outras múscias foram acompanhadas em coro pelo público. Homenagens a Luiz Gonzaga e ao axé music dos anos 80 também fizeram parte do repertório.
O cantor mostrou que se sentiu em casa, literalmente. Dançou, brincou, e interagiu com a plateia durante toda a apresentação. Declarou “o quanto é bom ser baiano”. Recentemente ele foi contemplado com o título de Cidadão Baiano, concedido pela Assembleia Legislativa da Bahia.
Na parte final do show, o publico que começou assistir sentado, já estava de pé. A animação também deu espaço para momentos de reflexão, que é um dos objetivos do período natalino. “Oração de São Francisco” foi acompanhada em uma só voz pela plateia. A canção “Mucuripe” encerrou o show em clima de alegria e aprazimento. Foi um reencontro inesquecível. Ao final, o sentimento de um “até breve”.
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