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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O nome dela será Gal, para sempre

Gal Costa
 A cantora Gal Costa não foge ao lugar comum: os anos passaram – a sua estreia aconteceu há mais de  50 anos, mas a voz poderosa continua a mesma. Foi o que milhares de pessoas viram e aplaudiram na noite de segunda-feira, 18, na Praça Padre Ovídio, na segunda noite do Natal Encantado.

As suas interpretações são autorais. Únicas. Estava à vontade no grande palco dividido apenas com o violonista e guitarrista Guilherme Monteiro, no show “Espelho d’água”. Em certo momento revelou que montou um set list adequado para apresentação numa praça. Mas, nas entrelinhas, mostrou-se enganada.
“Estamos numa praça pública, mas é como se estivesse em um teatro”
 
“Estamos numa praça pública, mas é como se estivesse em um teatro”, afirmou para delírio da plateia, depois de algumas frases protocolares. O comportamento dos presentes, a atenção, o respeito, e a capacidade para eventos musicais, afirmou, “é uma grandeza nossa”. E foram muitos os grandes sucessos revisitados pela cantora, musa da tropicália.  
 
A interação com o público foi quase que imediata. A partir da quinta música, “Folhetim”, cantora e espectadores começaram a falar a mesma língua musical – as três primeiras não eram conhecidas pela plateia. E foi assim, chamando os presentes para cantar com ela, até o final. Em alguns momentos parecia que regia a multidão, em grande coro.
Gal Costa cantou algumas canções emblemáticas da sua carreira, das décadas de 70, 80 e 90. “São seguidas pelos jovens que se voltam às décadas passadas”. São pessoas que nem sempre a vê nos palcos. Cantou “Vaca profana”, “Negro amor” – versão de uma música de Bob Dylan, “Tigresa”, “Baby”, “Trem das onze” – num improviso.
 
“Meu nome é Gal”, quando ‘conversa’ com a guitarra e mostra todo o seu potencial vocal, “Dia de domingo” e “Gabriela”, foram três músicas de presente ao público, no bis.
 
Foto: Silvio Tito

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