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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

O encontro de um ex-mecânico com a música, aos 80 anos de idade

Aos oitenta anos de idade, o aposentado Raimundo Neves não se satisfez em apenas curtir seu momento de aposentadoria sem adquirir mais uma experiência para a sua vida. Ex-mecânico, começou a trabalhar novo e passou por muitos lugares nesse Brasil e até fora dele. Há um ano frequenta a oficina de musica do Programa Arte de Viver realizado pela prefeitura de Feira de Santana, através da Fundação Egberto Costa. Segundo o aposentado, antes da oficina nunca tinha tocado violão, mas guardava consigo uma vontade imensa de aprender a tocar o instrumento, e foi a partir das aulas que ele descobriu uma nova paixão. 
“Eu tinha que ter uma atividade. Sempre tive vontade de tocar violão, ai cheguei aqui no Arte de Viver e encontrei essa oportunidade. Como nunca fiquei parado e comecei a trabalhar desde muito novo, construindo plataforma de petróleo, já morei na África, trabalhei na Petrobras, na Odebrecht e depois de aposentado procurei pelas aulas de violão, que só fez a melhorar mais a minha vida”, diz Raimundo.
Turma canta composição própria
O aposentado Raimundo faz parte da turma do Professor Mano Gavazza que na sua apresentação tocou a música "Trem Bala", de Ana Varella, e "Música é vida", uma composição própria  do grupo.  
Plateia repleta de familiares e amigos
O encerramento das oficinas de música do semestre 2017.2 aconteceu no dia 5 no teatro Ângela Oliveira, do Centro de Cultura Maestro Miro. Os familiares e amigos foram prestigiar os quarenta e quatro alunos que se apresentarem divididos em três turmas. 
Professores fazem apresentação de abertura

A abertura do evento foi com uma apresentação dos três professores, Rogerio Ferrer, Mano Gavazza e Rafael Ras que tocaram e cantaram a música "Lamento Sertanejo" de Dominguinhos e Gilberto Gil.
“A arte tem o poder de transformação e a pessoa busca isto através da prática musical, teatral, seja qual for a escolha", disse Rogerio Ferraz (foto) após se apresentar com sua turma tocando Asa Branca de Luiz Gonzaga.
“Como professor é muito emocionante, é como se tivesse um filho vendo ele aprendendo a andar, a gente ver ele ganhando independência, e ver que aquele tempo que nos dedicamos não foi em vão. É um curso básico de violão popular, mas eles saem daqui com uma noção básica de como tocar uma música, posicionar o dedo, é muito interessante esse processo de todo semestre tá formando novas pessoas porque é um aprendizado”, ressalta Rafael Ras (foto).
“Pra mim é gratificante demais, porque a gente ver o resultado nos olhos desses alunos. Quando eles compõe, eles dizem “essa frase é minha” oficinas como essas transformam a vida dessas pessoas. A gente se surpreende muito com o desenvolvimento deles durante as aulas, muitos chegam aqui tímidos e depois estão compondo músicas", conta Gavazza (foto).
PERSONAGEM
O garoto José Neto, convidado pelo professor Mano, para declamar a letra da música composta por seus alunos.


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