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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Merendeira que trabalhou 33 anos na Escola Ester Santana e professoras ganham homenagem em exposição de artes


A Escola Municipal Ester da Silva Santana tem 45 anos de história. Trinta e três deles foram marcados pela dedicação de Amélia Nascimento de Souza, ex-merendeira da unidade de ensino. E ela foi uma das homenageadas pelas contribuições à escola, nesta terça-feira, 22, durante a mostra “Aprendizarte – Exposição de Conhecimentos e Artes”. Um pouco da trajetória de Amélia Souza foi contada no jornal produzido pelos estudantes do 4º ano.
Em entrevista dada ao JE – Jornal do Ester, dona Amélia fala sobre as diferenças estruturais entre a escola de hoje e aquela de três décadas atrás; as dificuldades de deslocamento de professores à época; relembrou nomes de professoras que conheceu durante o tempo em que trabalhou lá; e fez uma revelação aos jovens: foi sua mãe quem doou o terreno que abriga a unidade de ensino até hoje. “Ela sentia a dificuldade das crianças de terem um lugar para estudar naquele tempo”, relatou durante a conversa com os alunos.
Foram também homenageadas as professoras Mariana Marques Carvalho Vieira e Ivana Cardim Pinheiro, ambas de reconhecida contribuição à escola ao longo da sua existência.
O jornal foi apenas uma das produções apresentadas à comunidade durante a Aprendizarte. Ele aborda de forma breve a história da unidade de ensino, trazendo relatos de ex-funcionários, seu hino e até uma curta biografia da patronesse da escola, Ester da Silva Santana. Professora, nascida em Santo Amaro, dedicou sua vida à educação e passou por várias escolas municipais de Feira de Santana.
Por outro lado, os alunos do 3º ano ficaram responsáveis por contar a história de Feira de Santana desde o seu início: lá na fazenda Santana dos Olhos D’água com o casal Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa. Segundo Vanderlúzia Lima Oliveira, coordenadora pedagógica da escola Ester Santana, esta foi uma forma de juntar ambas as trajetórias – da cidade e da escola – em um produto acessível para os estudantes e aproximá-los de suas origens.
Kléber Araújo Coutinho, do 3º ano, foi o guia histórico do stand de sua turma. Parecia sempre ansioso para contar o quanto antes aos visitantes o tanto que aprendeu sobre sua cidade. “Eu gostei muito. Achei divertido e importante aprender sobre o passado de Feira”, admite empolgado.
A exposição é o resultado final de vários projetos interdisciplinares que foram tocados na escola ao longo deste ano letivo. Por isso, não é somente uma exposição de artes, mas também de conhecimento. Além de abordar a trajetória de artistas brasileiros como o feirense Juraci Dórea, Tarsila do Amaral, Romero Brito, Di Cavalcanti e Cândido Portinari, a mostra também teve espaços reservados para a sustentabilidade, higiene e saúde, além das histórias de Feira e da própria escola.
O objetivo do Aprendizarte é aproximar os alunos também da arte que, segundo Vanderlúzia, é um recurso cultural distante de muitos dos que estudam ali. Deu certo com Fernando Duan, do 3º ano. Ele conta que gostou muito de estudar Juraci Dórea por conta de suas obras retratando o sertão.


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