Ação policial |
A Polícia Civil cumpre, na manhã desta quarta-feira (02/06), mandados de busca e apreensão na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, em uma operação contra um grupo criminoso que ameaçou de morte a prefeita, Eliana Gonzaga de Jesus (Republicanos).
Toda a ação é liderada pela 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/ Santo Antônio de Jesus), que cumpre mandados de busca e apreensão em imóveis na cidade de Cachoeira. "Estamos com as equipes empenhadas na investigação das ameaças contra a prefeita. Nossa linha de apuração, inicialmente, aponta para a participação de traficantes", disse o titular da 4ª Coorpin, delegado Joaquim Souza. Em vídeo, ele disse que a operação também pretende cumprir mandados de prisão.
Esta é a segunda operação pelo mesmo crime. Na primeira foram presas duas pessoas, suspeitas de tráfico de drogas, e um terceiro homem morreu em confronto com os policiais.
A ação foi iniciada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e cumpre os mandados em imóveis da cidade. A polícia detalhou que as investigações apontam que há participação de suspeitos de tráfico nas ameaças.
Ameaças
A prefeita Eliana Gonzaga, de 52 anos, começou a receber as ameaças de morte quando ainda estava na campanha que a elegeu, no ano passado. Ela chegou a registrar dois boletins de ocorrência na delegacia de Cachoeira. A prefeita passou a ser escoltada por policiais por causa das ameaças.
Eliana, que é a primeira mulher negra a ser eleita para a prefeitura de Cachoeira, acredita que as ameaças são causadas por racismo ou motivações políticas.
"Eu tenho certeza que se eu não tivesse a minha pele negra, se eu não tivesse vindo da família que eu venho, de baixa renda, que representa uma categoria de trabalhadores, porque nós somos militantes sindicais, representando a agricultura familiar, isso não estaria acontecendo", disse a prefeita na época.
Entre o final de 2020 e março deste ano, dois militantes da campanha de Eliana foram mortos. Na época, a prefeita afirmou que, após as mortes, as pessoas da cidade comentavam que existia uma lista com o nome de várias pessoas ligadas a campanha dela, que seriam os próximos alvos dos criminosos e que ela não assumiria o cargo.
Segundo Eliana de Jesus, ela ajudou várias pessoas a se mudarem para a região metropolitana de Salvador, para que se protegessem dos criminosos. A situação é investigada pela polícia.
Informações do G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário