Portadores da Síndrome de Diógenes são encaminhados para acompanhamentos social e psicológico
Um amontoado de lixo em frente à casa de número 21, na rua Cascalheira, no Panorama, mal dava para ter acesso aos cômodos, que também eram ocupados por objetos velhos, muitos retalhos, restos de madeira e eletrodomésticos sem utilidade.
A sujeira foi acumulada ao longo dos últimos 10 anos pela moradora, uma senhora de 80 anos que faleceu há uns 15 dias dentro desse ambiente onde viveu sozinha. Na manhã desta terça-feira, 10, a equipe da Limpeza Pública da Prefeitura foi até o imóvel recolher o lixo, atendendo solicitação de vizinhos e familiares da aposentada.
A dona do imóvel sofria da Síndrome de Diógenes. "São pessoas que criam afeto com as coisas e objetos sem utilidade e têm dificuldade em desfazê-lo. Também não aceitam acompanhamento psicológico, uma vez que não se veem como doentes", explica o psicólogo do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) Silvio Marques, José Carlos Mendes.
A sobrinha da acumuladora, Joselina Souza Miranda, relatou que a sua tia já chegou a vender materiais recicláveis e a costurar [razão para a quantidade de retalhos e panos encontrados no local].
Ela não aceitava acompanhamento médico e não permitia que limpassem a casa. Mal conseguia respirar devido a quantidade de lixo amontoado", afirma ressaltando a quantidade de baratas, entre outros insetos, que eram encontrados no interior da casa.
De acordo com o assistente social da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Hamilton dos Santos, esse trabalho de assistência aos acumuladores compulsivos é feito em parceria com os órgãos da Saúde.
"Além de proporcionar a limpeza do imóvel, a pessoa é encaminhada para o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da região e CAPS".
Solicitações relacionadas ao acúmulo de materiais inservíveis podem ser feitas por meio do aplicativo Fala Feira 156 ou de forma presencial na Sesp ou Sedeso (Secretaria de Desenvolvimento Social).
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