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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sindicato alerta baianos para reajuste no preço do álcool


Presidente do Sindcombustível diz que é preciso fazer repasse no valor. Período de entressafra da produção no centro-sul do país é motivo.

Os consumidores que usam o álcool como combustível dos veículos na Bahia devem se preparar para o possível aumento no preço do produto, previsto para ocorrer no começo deste ano, informa nesta terça-feira (03/01) José Augusto Costa, presidente do Sindcombustíveis.

O motivo apontado é o período de entressafra, que afeta o polo usineiro de cana-de-açúcar localizado na região centro-sul do país e que só deve ser encerrado no mês de abril. “Eles [os produtores] aumentam para os distribuidores, que aumentam para os donos de postos e que terão que repassar aos consumidores”, relata o presidente, que prefere não arriscar sobre quanto será o reajuste.

“Não temos álcool de janeiro a abril. O aumento ainda não aconteceu porque a ANP [Agência Nacional de Petróleo] passou a monitorar o mercado e obrigou as empresas açucareiras a fazer estocagem, mas os estoques já estão acabando. Se não fosse isso, já teria acontecido [o aumento] desde o começo de dezembro”, comenta.
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Ainda segundo ele, os donos de postos são reféns do valor proveniente da logística do mercado porque não podem fazer a estocagem do produto, sob risco de dano ambiental.

Escassez

De quarta-feira (26) a sábado (28), o Sindicombustível, que representa os revendedores, alerta para a escassez do álcool nos postos da Bahia. Segundo o sindicato, a maioria dos 190 estabelecimentos sediados na capital recebeu um terço da mercadoria necessária e dependeu da reserva do combustível nesse período.

“Ainda temos dificuldade de restabelecer a regularidade do mercado. A logística não é simples e a adequação não aconteceu em plenitude”, afirma José Augusto. “A relação foi com as distribuidoras, mas não sabemos os motivos. Seria uma catástrofe se faltasse, mas como a cidade esvaziou de maneira incrível, ajudou para que não houvesse um caos”, conta.

Ele alerta que a escassez do produto também pode gerar aumento no preço da gasolina, que em sua composição tem 20% de álcool.

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