Pensando em fortalecer a
bandeira da luta por uma maior inserção da mulher na sociedade e pela
implementação de políticas públicas que ampliem e assegurem a igualdade e a
equidade de gêneros, o Coletivo de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT)
Feira de Santana realizou, neste sábado, 14, a primeira Caminhada Março Mulher.
Mais de 1500 pessoas saíram às ruas e percorreram o centro da cidade para
comemorar os 80 Anos da Conquista do Voto Feminino e para denunciar as
situações de discriminação e violência que as mulheres ainda hoje enfrentam.
Animado pela banda
Simplicidade A + e a cantora Maryzélia, o evento reuniu autoridades políticas,
como a secretária Estadual de Política para as Mulheres, Lúcia Barbosa; o
deputado estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto; a
sub-secretária Estadual de Desenvolvimento e Integração Regional, Eliana
Boaventura; os vereadores Ângelo Almeida e Marialvo Barreto; os pré-candidatos
a vereador pelo Partido na cidade Ivannide Santa Bárbara (coordenadora do
Movimento Negro Unificado); Pablo Roberto (ex-diretor Comunidade de Atendimento
Socioeducativo Zilda Arns), Guilhermino Vaccarezza (gerente de Promoções do
Centro Industrial Subaé - CIS), José Rocha (diretor do Centro Social Urbano
–CSU), Beldes Ramos (coordenador da Direção Regional de Educação - DIREC),
dentre outros companheiros.
Também participaram da
atividade representantes de diversos movimentos sociais, a exemplo do Movimento
dos Sem Terra, que levou cerca de 200 mulheres oriundas de assentamentos e
acampamentos situados em Feira.
De acordo com o deputado Zé
Neto, há uma urgente necessidade de se inserir a Caminhada no calendário anual
da cidade. Ele ressaltou que o PT vem lutando incansavelmente pela instituição
de políticas públicas que garantam não apenas os direitos das mulheres, mas
também de todas as minorias que sofrem com o preconceito e com a exclusão.
“Hoje é um dia histórico. É
um dia de festa, mas também de reflexão sobre a condição social da mulher na
contemporaneidade. Há 32 anos o PT vem lutando pela causa das mulheres e de
todas as minorias a fim de construir uma sociedade mais justa e mais
igualitária”, lembrou.
Para a secretária Lucinha
Barbosa, a maior conquista histórica da mulher foi o direito de votar e ser
votada. De acordo com ela, é preciso ampliar ainda mais a participação das
mulheres nos espaços políticos. Ela ressaltou também que a eleição da
presidenta do país Dilma Rousseff caracteriza uma grande evolução social em
prol da igualdade de direitos, mas salientou que ainda há muito a ser feito,
principalmente em relação à inserção feminina no mercado de trabalho, inclusive
em bolsões essencialmente dominados pelos homens, como a indústria.
“As mulheres conquistaram
muito até aqui. Mas estamos trabalhando ainda mais por uma maior pela inclusão
política e produtiva das mulheres. O governo vem elaborando projetos,
oferecendo capacitação e promovendo campanhas de conscientização e combate à
violência doméstica. Hoje, a Bahia é um dos estados que mais discam o 180 para
denunciar casos de agressão física e violência psicológica”, informou, ao tempo
em que condecorou o deputado Zé Neto com o Laço Branco, símbolo da luta contra
a violência feminina no Canadá, pelo seu trabalho junto ao governo do estado em
prol de políticas públicas em favor das mulheres.
Membro do Movimento
Unificado Negro e do Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da
Cidadania, Ivanide Santa Bárbara lembrou que a cada 15 segundos uma mulher é
violentada no Brasil. Para ela, os índices alarmantes servem de alerta e
mostram a necessidade de políticas mais efetivas de combate à violência.
“A Delegacia da Mulher, a
instituição da Lei Maria da Penha, as Varas de Defesa, as Casas-abrigo e os
Centros de Referência que apóiam as mulheres em situação de risco contribuem
para que tenhamos um amparo institucional quando vítimas de violência, mas
ainda há muito a ser feito. É necessário impedir a propagação da violência de
gênero, assim como é necessário melhorar seu acesso ao trabalho e assegurar a
igualdade de direitos trabalhistas, já que ainda hoje no Brasil existem
mulheres que ganham 70% do salário dos homens”, destacou.
Elis Souza dos Santos,
membro do Coletivo de Mulheres e da comissão organizadora da Caminhada,
enfatizou que Feira de Santana ainda é carente de creches públicas, necessárias
para conciliação entre o trabalho da mulher e sua rotina doméstica, e de
hospitais direcionados ao atendimento às mulheres que supram a grande demanda
da cidade, oferecendo serviços de maior qualidade e atendimento mais humanitário.
“Iniciativa feliz a do
Partido dos Trabalhadores em promover essa Caminhada. O evento é de suma
importância para fomentar discussões e pensar linhas de ação voltadas para a
melhoria da condição social das mulheres no Brasil”, ressalvou.
Histórico - Nova Iorque, 08
de março de 1857. A história da luta pelos direitos trabalhistas das mulheres é
marcada por uma tragédia. Cento e trinta tecelãs, em greve pela reivindicação
de melhores condições de trabalho e salários dignos, são trancadas e queimadas
dentro de uma fábrica de tecidos. Símbolo da resistência feminina, o episódio
marca, na contemporaneidade, uma reflexão acerca do papel e espaço da mulher na
sociedade.
Informações e fotos Assessoria
de Comunicação Deputado Estadual Zé Neto
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