O vereador Pablo Roberto (PT) ocupou a tribuna da
Câmara Municipal, na manhã desta segunda-feira (19/08), para externar sua
indignação com o seu companheiro de partido, o líder do governo na Assembleia
Legislativa da Bahia, José Neto. Pablo afirmou que o referido deputado estadual
faz política de forma desleal.
“Zé Neto, como todos sabem, é árvore que não dá
frutos. Correm pela cidade histórias urbanas sobre sua arrogância e
prepotência; sobre seu fisiologismo e instrumentalismo eleitoral. Ouvi
histórias sobre seu egoísmo e individualismo”, declarou o petista.
Pablo disse também que o deputado sempre externou
o seu repúdio por qualquer pessoa que buscou atuar de forma independente dos
seus “cabrestos” e de seu “chicote”, sobretudo em Fera de Santana.
“O PT de Feira vem sofrendo há anos com as
posturas rasteiras do deputado Zé Neto. E digo a vocês que não dá mais para
ignorar esse problema, virar o rosto, fingir que não vê. Do jeito que as coisas
estão indo, estamos pondo em risco nosso partido nesta cidade, bem como a
construção de um projeto político local, e isso requer um olhar cuidadoso sobre
este que é um problema de ordem pública”, observa.
O edil fez questão de ressaltar que o seu
desabafo não se trata de uma briga dentro do PT. “É o grito pela necessidade de
tornar público meu repúdio, a forma como Zé Neto faz política em Feira de
Santana”.
Ele disse que o líder do governo na ALBA “vem
fazendo culpado um homem inocente que é o governador Wagner. O deputado
conseguiu, não sei se com mentiras ou com malandragem, obter carta branca sobre
o nosso município. Ele tem levado e trazido as mentiras para o Governo e tem
conseguido fechar as portas para que nós pudéssemos levar a real situação ao
governador e aos secretários estaduais. Zé Neto, de forma rasteira,
historicamente boicotou os políticos do PT de nossa cidade”.
O vereador ressaltou que tem cumprido seu papel
no Legislativo e na cidade de Feira de Santana, defendendo diuturnamente o
projeto do Partido dos Trabalhadores a nível estadual e nacional.
“Cheguei a acreditar que Zé Neto tinha
amadurecido, tinha mudado e, por isso, fiz da campanha dele a minha campanha,
mesmo com todos os boicotes que ele promoveu contra minha pessoa e meu grupo
nas eleições de 2012”, afirmou Pablo.
Ele acrescentou que também sofreu perseguições do
deputado quando foi diretor da Comunidade de Atendimento Socioeducativo Juiz
Melo Matos e da Unidade Zilda Arns.
“Também vários funcionários de Zé Neto já
conversaram comigo chorando, lembrando das perseguições, humilhações, gritos e
ameaças que ele promove dentro de seu gabinete”, declarou o edil.
Ainda com relação à eleição de 2012, o vereador
disse que Zé Neto conseguiu convencer os líderes estaduais do PT que a “votação
pífia” que ele teve foi por culpa do Governo do Estado. “Ele mentiu, jogou na
parede e colou. A culpa da derrota dele é só dele, mas ele não consegue admitir
isso”.
Na sequência, Pablo salientou que na Bahia toda
são notórios os avanços sociais e políticos que o PT conseguiu realizar, “mas
aqui na cidade, Zé Neto atrapalha o avanço e o progresso, tenta interferir como
se fosse o superintendente geral de Feira de Santana; ele fala das coisas do
Governo como se fosse o engenheiro, o pedreiro e o dono do dinheiro”.
O edil afirmou que o deputado quer sempre falar
por todos os secretários. “Ele nem consulta o Governo e fica prometendo datas,
prazos e recursos; Zé Neto compromete o Governo e expõe o partido. Foi assim
com o aeroporto, com o Centro de Convenções, a obra da Lagoa Grande e com
tantas outras”.
Pablo disse que tudo onde o deputado coloca a mão
só tem tragédia. “Foi assim no episódio da morte de três funcionários da 3ª
Ciretran. Através do seu autoritarismo, Zé Neto descumpriu um acordo estadual
feito pelo partido e renomeou o confiante dele para o cargo. Tenho certeza que
se ele não tivesse desonrado o acordo, as três famílias estariam com seus entes
queridos. A culpa é dele, da forma como ele conduziu”.
Em sua opinião, o deputado Zé Neto também é
responsável por grande parte dos problemas que ocorrem no Hospital Geral
Cleriston Andrade (HGCA).
No tocante à exoneração do diretor do Zilda Arns,
o vereador disse que o deputado alegou que Danilo Araújo não tinha capacidade
para continuar no cargo.
O vereador defendeu Danilo, salientando que se
trata de um “jovem negro, oriundo da periferia de Feira de Santana, que militou
desde muito tempo nos movimentos estudantis e sociais, passou pelo Conselho
Tutelar, desenvolveu várias atividades no Melo Matos e no Zilda Arns, na qual
chegou com mérito e competência à direção da unidade”, informou o petista,
afirmando que Danilo foi exonerado da forma mais desrespeitosa possível.
Informações Ascom Câmara de Vereadores
Nenhum comentário:
Postar um comentário