Primeiro
o público se concentrou na área destinada aos animais. Depois, se dirigiram
para o espaço destinado às apresentações dos cantores e bandas. E o público se
divertiu a valer com as atrações da primeira noite festiva no Parque de
Exposição João Martins da Silva, onde acontece, desde ontem, a XXXVIII
Exposição Agropecuária de Feira de Santana, que termina no próximo domingo, 8.
Foi uma noite das mais ecléticas, em termos musicais.
O primeiro
a se apresentar foi o feirense Djalma Ferreira, que mostrou ao público o seu
refinamento musical embalado por um repertório de primeira grandeza e
acompanhado por uma banda que, de tão boa, dispensa comentários. O cantor é
conhecido na cidade pela beleza vocal e o bom gosto na escolha das canções, que
as interpreta com grande emoção.
Outra
atração da noite foi o grupo de origem paulista “Os Clones”, formada por Amado
Basílio, Naldinho e Zezé Júnior – este nascido e criado em Feira de Santana. Os
rapazes imitam, daí o nome, os cantores Amado Batista, Zezé de Camargo e Daniel
Dial. O sucesso entre os jovens é grande. E a resposta do público feirense não
foi diferente. Foi uma apresentação com muitas participações especiais.
A última
atração da primeira noite foi o Forró Caju de Ouro, que botou os presentes para
dançar até três horas da manhã desta segunda-feira. Nesta terça-feira, 2, não
terá shows. Mas na terça-feira, se apresentarão Alex Gomes, Zelito
Miranda, Lucien Júnior e Hugo Luna.
Arnaldo
Farias, que se apresentou a partir dos primeiros minutos desta segunda-feira,
no Parque de Exposição João Martins da Silva, é um dos discípulos de Luiz
Gonzaga. A sua predileção pelo rei do baião pode ser vista no seu modo de
vestir – o gibão e o chapéu de couro à cangaceira, a voz e as músicas. Ele fez
o fole roncar ao ritmo do mais autêntico pé de serra e esquentou a fria
madrugada.
O
forrozeiro potiguar, pai de 18 filhos cantou e decantou antigos e inesquecíveis
sucessos de Luiz Gonzaga, que de tão populares se tornaram, ou quase, hinos da
música nordestina. Além do fole de 180 baixos, que domina como poucos, estava
acompanhado por uma banda simples, como convém ao autêntico forro: um
zabumbeiro de primeira qualidade e um tocador de triângulo que não deixou furos
na marcação. O toque de modernidade foi o contrabaixo e a bateria.
O cantor
é guiado pela obra gonzaguiana, mas prestou homenagem ao Trio Nordestino, outro
marco da música popular nordestina. E do trio baiano cantou vários sucessos
que, igual aos cantados pelo velho Lua atravessa gerações, mas parece que está
mais do que atual. (Batista Cruz)
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