Submarino

AQUI TEM TRABALHO

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Forró, brega e MPB animaram primeira noite de shows



Primeiro o público se concentrou na área destinada aos animais. Depois, se dirigiram para o espaço destinado às apresentações dos cantores e bandas. E o público se divertiu a valer com as atrações da primeira noite festiva no Parque de Exposição João Martins da Silva, onde acontece, desde ontem, a XXXVIII Exposição Agropecuária de Feira de Santana, que termina no próximo domingo, 8. Foi uma noite das mais ecléticas, em termos musicais.

O primeiro a se apresentar foi o feirense Djalma Ferreira, que mostrou ao público o seu refinamento musical embalado por um repertório de primeira grandeza e acompanhado por uma banda que, de tão boa, dispensa comentários. O cantor é conhecido na cidade pela beleza vocal e o bom gosto na escolha das canções, que as interpreta com grande emoção.

Outra atração da noite foi o grupo de origem paulista “Os Clones”, formada por Amado Basílio, Naldinho e Zezé Júnior – este nascido e criado em Feira de Santana. Os rapazes imitam, daí o nome, os cantores Amado Batista, Zezé de Camargo e Daniel Dial. O sucesso entre os jovens é grande. E a resposta do público feirense não foi diferente. Foi uma apresentação com muitas participações especiais.

A última atração da primeira noite foi o Forró Caju de Ouro, que botou os presentes para dançar até três horas da manhã desta segunda-feira. Nesta terça-feira, 2, não terá shows. Mas na terça-feira,  se apresentarão Alex Gomes, Zelito Miranda, Lucien Júnior e Hugo Luna.

Arnaldo Farias, que se apresentou a partir dos primeiros minutos desta segunda-feira, no Parque de Exposição João Martins da Silva, é um dos discípulos de Luiz Gonzaga. A sua predileção pelo rei do baião pode ser vista no seu modo de vestir – o gibão e o chapéu de couro à cangaceira, a voz e as músicas. Ele fez o fole roncar ao ritmo do mais autêntico pé de serra e esquentou a fria madrugada.

O forrozeiro potiguar, pai de 18 filhos cantou e decantou antigos e inesquecíveis sucessos de Luiz Gonzaga, que de tão populares se tornaram, ou quase, hinos da música nordestina. Além do fole de 180 baixos, que domina como poucos, estava acompanhado por uma banda simples, como convém ao autêntico forro: um zabumbeiro de primeira qualidade e um tocador de triângulo que não deixou furos na marcação. O toque de modernidade foi o contrabaixo e a bateria.

O cantor é guiado pela obra gonzaguiana, mas prestou homenagem ao Trio Nordestino, outro marco da música popular nordestina. E do trio baiano cantou vários sucessos que, igual aos cantados pelo velho Lua atravessa gerações, mas parece que está mais do que atual. (Batista Cruz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário