O Facebook
anunciou nesta quarta-feira (19/02) a compra do aplicativo WhatsApp por US$ 16
bilhões. O valor é o mais alto já pago por um aplicativo para smartphones desde
que a própria rede social comprou o Instagram. Também é a maior aquisição do site
de Mark Zuckerberg.
O acordo também
prevê um pagamento adicional de US$ 3 bilhões aos fundadores e funcionários do
WhatsApp que poderão comprar ações restritas do Facebook dentro de quatro anos.
Além disso, o presidente-executivo e cofundador do WhatsApp, Jan Koum, tomará
lugar no conselho administrativo do Facebook.
No comunicado que
anunciou a compra do aplicativo, o Facebook não informou se iria
descontinuá-lo. Mark Zuckerberg, presidente-executivo e cofundador do Facebook,
no entanto, afirmou em sua página na rede social que o aplicativo permanecerá
"independente".
Em conferência
após o anúncio, Zuckerberg informou que o objetivo agora é fazer o WhatsApp
aumentar seu número de usuário. Por isso, não vai alterar a fonte de receita
"pelos próximos anos". O executivo chegou a elogiar o modelo de
negócio do aplicativo, que cobra de novos usuários uma assinatura de R$ 2,37
anualmente após um primeiro ano de uso gratuito.
Essa é a maior aquisição
já feita pelo Facebook, que pagou pouco mais de US$ 1 bilhão pelo
Instagram em 2012. No fim de 2013, o aplicativo de fotos começou a
exibir anúncios para levantar receitas.
sado por 450 milhões de pessoas por mês, o
WhatsApp tem alto poder de engajamento: 70% que têm o aplicativo
instalado em seus celulares o manuseiam diariamente. Por dia, o app registra 1
milhão de novos usuários.
“WhatsApp está no caminho para conectar um
bilhão de pessoas. Serviços que atingem a casa do milhar são incrivelmente
valiosos”, escreveu em comunicado o presidente-executivo do Facebook, Mark
Zuckerberg.
“O engajamento extremamente elevado do
usuário do WhatsApp e rápido crescimento são impulsionados pelos recursos de
mensagens simples, poderosos e instantâneos que prestamos. Nós estamos
entusiasmados e honrados de nos tornarmos parceiros de Mark e do Facebook para
continuarmos a trazer nossos produtos a mais pessoas ao redor do mundo”,
afirmou Jan Koum, CEO do WhatsApp.
Fuga de jovens
O WhatsApp está no centro da discussão sobre a fuga de jovens do Facebook. O aplicativo de mensagens instantâneas, ao lado do Snapchat, Line e WeChat, é tratado como um dos escoadouros de adolescentes da rede social.
Para tentar conter a falta de interesse e
levar para seus domínios um desses aplicativos sensação, a rede social tentou
comprar o Snapchat por US$ 3 bilhões, mas teve sua proposta recusada.
Segundo o Facebook, o volume de mensagens
trocadas pelo aplicativo se aproxima do total de mensagens de texto enviadas em
todo o mundo. Do volume oferecido pelo aplicativo, US$ 4 bilhões serão pagos em
dinheiro e US$ 12 bilhões, em ações do Facebook.
O valor de mercado do Facebook é de US$ 172,8
bilhões depois do fechamento do mercado nesta quarta-feira (19). Os papéis da
rede social fecharam em alta de 1,13%, vencidas a US$ 68,06. Para se ter ideia
do avanço das ações do site, na abertura de capital em 2012, quando foram
vendidas a US$ 38. Com isso, a rede social já tem valor de mercado maior do que
companhias de tecnologia mais consolidadas, como a Amazon (US$ 159 bilhões) e a
Oracle (US$ 170 bilhões).
Informações do g1
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