Uma mistura de talento, dedicação e criatividade. Para a merendeira Jorgeana dos Santos Reis, que atua no Centro Municipal de Educação Infantil Professora Eduarda Oliveira França, no bairro da Conceição, estes ingredientes são indispensáveis no preparo das refeições que são servidas diariamente às crianças. Para alimentar os alunos da Rede Municipal de Ensino, as merendeiras capricham nos cardápios.
“Procuramos fazer sempre o melhor com o que temos nas escolas”, garante Jorgeana, que produz três refeições diárias para 120 crianças da Educação Infantil. “Fazemos de tudo para que os alunos sintam o melhor sabor. Eles têm gostos específicos e, por isso, ouvimos suas demandas e nos adaptamos, sem deixar de lado o que é essencial para a alimentação deles”, explica.
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) tem entre suas metas o incentivo à uma alimentação saudável desde cedo. As verduras são usadas para chamar a atenção das crianças para os pratos, tornando-os mais coloridos e consequentemente mais nutritivos. Os alunos contam ainda com sobremesas em dias específicos.
A merenda escolar é adquirida com os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com uma contrapartida da Prefeitura de Feira de Santana. A verba é disponibilizada mensalmente para que a Secretaria de Educação, com orientação da equipe de nutricionistas, avalie os itens e os cardápios a serem enviados para as escolas.
“Somos nós que orientamos o cardápio, mas é a escola que conhece o que seus alunos mais gostam e como preferem comer”, conta a nutricionista Ana Karla Ribeiro Azevedo, da equipe técnica da Seduc. “Pensamos na alimentação das crianças pela ótica nutricional, e tentamos colaborar com a criatividade que pode ser utilizada pelas merendeiras como um excelente recurso. Além disso, elas têm formação para aprender como acondicionar, manusear e preparar os alimentos”, explica Karla. A Seduc irá disponibilizar as receitas diretamente para as escolas como forma de dinamizar ainda mais a produção dos pratos. "Este é um recurso a mais, porém, as merendeiras também podem inovar, elaborar suas próprias receitas", diz a nutricionista"
O FNDE e a Prefeitura também apoiam a agricultura familiar com a gestão da Seduc. Dos recursos recebidos para a merenda, 30% são destinados para este segmento, possibilitando a aquisição de itens produzidos localmente pelos produtores rurais e hortaliças.
“Sabemos que o aspecto visual também colabora para a alimentação, tentamos tornar tudo mais atrativo, algo que é importante para a criança sentir vontade de comer. Para cozinhar, é preciso amor e carinho também. Tivemos cursos interessantes promovidos pela Seduc e precisamos utilizar esses conhecimentos adquiridos”, afirma Jorgeana.
Na Escola Municipal Adenil da Costa Falcão, o cardápio semanal fica exposto para que as crianças saibam tudo que vão comer com antecedência. “Gosto muito de cozinhar. Já trabalho na escola há três anos e nunca tive dificuldade para me adequar. Sabemos do que os alunos gostam mais e do que não gostam tanto, e sei também que para fazer um bom trabalho é preciso ter amor pelo que se faz”, conta a merendeira Jucileide Silva da Purificação, que atua na Adenil.
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