Fabrício Casal do Nascimento já passou por diversos constrangimentos por sua condição de paciente falciforme. “Tenho deficiência nas pernas e olhos amarelados, ao entrar em determinados ambientes a gente já percebe o olhar diferente das pessoas”, salienta.
O preconceito é apenas um dos problemas enfrentados pelos portadores da anemia falciforme. A doença passa de pais para filhos e se caracteriza pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, condição mais comum em indivíduos negros, mas devido à miscigenação pode ser observada também em pessoas brancas ou pardas.
CUIDADOS
Em Feira de Santana os cuidados com as vítimas são dispensados por equipes especializadas que trabalham no Centro de Referência da Anemia Falciforme, 100% mantido pela prefeitura e reconhecido pelo Ministério da Saúde como um dos mais completos do gênero no país.
O conceito obtido pela qualidade do serviço chamou a atenção dos alunos de enfermagem da Faculdade Anísio Teixeira (FAT). A convite da instituição, a coordenadora do Centro de Referência, Luciana Brito proferiu palestra nesta quarta-feira,15, sobre a doença: "Como descobrir, conhecer e Cuidar" e o papel do enfermeiro nesse processo.
Glecia Carneiro Guimarães coordena a disciplina na faculdade. Ela destaca a importância dessa discussão dentro da escola. “A temática da falcemia está fora da grade curricular de formação do enfermeiro. Mas precisamos preparar os profissionais de enfermagem para reconhecer a doença, atender e cuidar dos portadores. E para isso a colaboração do Centro de Referência foi de grande repercussão, afinal o conhecimento é indispensável”.
O Centro de Referência em Anemia Falciforme funciona no Centro Social Urbano, no bairro Cidade Nova. Contato através do telefone: 3603-7795.
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